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SUÍÇA – LUCERNA: Um dos destinos mais charmosos do país

Irmãs Pelo Mundo

Parecendo que saiu de um livro sobre história medieval, Lucerna é uma das cidades mais charmosas e fotogênicas da Suíça, já que possui uma vista super privilegiada para os Alpes Suíços, sendo o Monte Titlis o mais alto da região, com mais de 3.200 metros.



Por Irmãs pelo Mundo, janeiro 2024.


Localizada na região central da Suíça, Lucerna está na parte alemã do país e fica entre as montanhas Rigi e Pilatus e às margens do lago Vierwaldstättersee (Lago Lucerna). Apesar de pequena (são apenas 80.000 habitantes), sua localização estratégica faz com que muitos viajantes a escolha como base de hospedagem, para fazer bate-e-volta a montanhas, vilas alpinas, lagos e outros destinos na região. O Rio Reuss, divide a cidade em duas partes: a cidade antiga e a cidade nova, com lindas pontes em madeira conectando as duas partes.

 

:: QUAL A MELHOR ÉPOCA PARA VISITAR A SUÍÇA? ::

 

A Suíça tem cada estação do ano bem definida: outono, inverno, primavera e verão. Por isso, escolher quando ir é uma das partes mais importante na hora definir seu roteiro de viagem.

 

No inverno, o tempo frio e neve estão presentes em quase todo o país. As temperaturas nas cidades variam de -2 a 7 graus e nas vilas alpinas, ela pode cair bem mais, assim como é claro, no topo das montanhas. A Suíça está preparada para as baixas temperaturas, então não se preocupe. Mercados de Natal acontecem em várias cidades de final de novembro a final de dezembro. Janeiro e fevereiro costumam ser mais branquinhos e perfeitos para esquiar e para ver aquela cena de vilarejos encobertos de neve e casinhas iluminadas nas montanhas. Em março você ainda pode encontrar neve, mas não é certo. Uma das desvantagens são dias mais curtos, escurece bem cedo, então programe seu roteiro levando isso em consideração para não perder nada.


Lucerna no inverno - foto: divulgação

O verão marca o aumento das temperaturas, que variam de 18 a 28 graus (há registros de temperaturas superando a marca dos 30°C em agosto), e nesta estação é possível para nadar nos muitos rios e lagos do país. Nas regiões montanhosas a temperatura é mais amena. Tem como desvantagem ser marcada por chuvas, o que pode influenciar bastante o roteiro da viagem. Note que ar condicionado é raro na Suíça e muitos hotéis e apartamentos não estão preparados para as altas temperaturas.

 

Na primavera, as temperaturas costumam variar entre 8 e 15 graus e no geral (os Alpes essa média pode ser um pouco mais baixa), os campos vão se tornando verdes e as flores começam a aparecer, principalmente no sul do país. No outono estão as cores mais bonitas das paisagens Suíças, as folhas caindo das árvores deixam o país com um charme especial. Uma pequena desvantagem de viajar nessa estação são os nevoeiros, neblina, que podem atrapalhar a observação de vistas de montanhas e alguns pontos turísticos. A temperatura nessa fase do ano também costuma estar entre 8 e 15 graus.


Outono na Suíça - foto: divulgação
 

:: COMUNICAÇÃO ::

 

A Suíça possui 4 idiomas oficiais: alemão suíço, italiano, francês e o romanche (cada um falado em uma região), sendo o dialeto alemão suíço o idioma mais falado. Porém não precisa se preocupar, as línguas não oficiais mais faladas na Suíça são o inglês, seguida pelo português (existem muitos portugueses no país). Praticamente todo suíço fala ou entende o idioma inglês, principalmente aqueles que trabalham em estabelecimentos como hotéis e restaurantes. Não tivemos dificuldade com a comunicação.

 

:: MOEDA ::

 

A moeda é o franco suíço (CHF). O euro é aceito em alguns estabelecimentos, mas a conversão não favorece. O ideal é fazer os pagamentos em francos suíços. Leve euros e os troque por francos na entrada ao país. Cartões de crédito são amplamente aceitos.

 

:: COMO SE LOCOMOVER PELA SUÍÇA ::

 

O transporte público na Suíça é um dos mais eficientes do mundo. São mais de 26.000km de linhas férreas – que estão em expansão até hoje. A SBB CFF FFS é a empresa estatal responsável pelas ferrovias de todo o país. De ônibus ou trem você chega em praticamente qualquer lugar – incluindo nos Alpes e nas estações de ski (através de gôndolas na maioria das vezes).

 

Os trens fofinhos na Suíça - arquivo irmãs pelo mundo

O Swiss Pass é um passe muito famoso para turistas na Suíça, recomendado para quem fica pelo menos 3 dias e pretende se deslocar bastante. Ele te permite realizar viagens ilimitadas de trem, ônibus, tram, barco – e até gôndolas – em um determinado número de dias. Além disso dá acesso gratuito em algumas montanhas ou descontos que variam de 25% a 50% nos ingressos. Importante ressaltar que para os trens panorâmicos Bernina Express, Glacier Express, Gotthard Panorama Express e Palm Express, é necessário pagar uma taxa de reserva de assento, mesmo com o passe.

 

Você pode comprar o seu passe online através do site oficial da SBB, do site oficial da RailEurope, do site oficial do MySwitzerland (Swiss Travel Pass e Swiss Travel Pass Flex). Se preferir comprar da Suíça, pagando em dinheiro (e evitando o IOF), vá até uma loja da SBB nas estações de trem. Importante: os fiscais do trem sempre passam conferindo as passagens e exigem que o passe seja mostrado junto com o passaporte para depois validam a viagem. Por isso, não se esqueça de levar o passaporte sempre com você em suas viagens pela Suíça.

 

As estações de trem nas vilas também são um charme - arquivo irmãs pelo mundo

O valor do Swiss Travel Pass é salgadinho, então para verificar se vale a pena, é importante saber quais atrações você irá visitar e comparar os valores que você irá pagar com o passe (valor das atrações com desconto) e sem o passe (valor das atrações + os valores do transporte).

 

Sobre os tickets avulsos, não é preciso comprar com antecedência pois eles não esgotam. Você pode comprar o seu logo que chegar na estação através de um totem ou pelo app da SBB.

 

Em Lucerna a Hauptbahnhof é a Estação Central, um marco importante e porta de entrada, conectando Lucerna a várias cidades suíças e europeias. Ela impressiona os visitantes com sua arquitetura grandiosa e seu papel importante no sistema de transporte suíço. Construída em 1896, combina elementos arquitetônicos clássicos e modernos.

 

Estação Central de Lucerna - foto: divulgação
 

:: ONDE SE HOSPEDAR EM LUCERNA ::

 

A rede hoteleira de Lucerna é realmente boa. Busque hotéis que ficam na região central, ao lado da estação de trem, ou mais próximos do Lago Lucerna, pois assim você conseguirá se locomover para a maioria dos lugares a pé. Nossa escolha foi HOTEL AMERON LUZERN HOTEL FLORA, clique aqui para reservar. O hotel é muitooo confortável e com a localização mais que perfeita: apenas 140m da Kapellbrücke. Jantamos no restaurante do hotel e o chef era brasileiro!


Nosso quarto no hotel Ameron Flora - foto: divulgação
Tábua de frios que experimentamos no restaurante do hotel - arquivo irmãs pelo mundo

Independente do hotel (seja ele de luxo ou não) que você reservar na cidade, você ganha um VisitorCard que te dá direito ao uso grátis de ônibus em Lucerna no período da sua estadia. O cartão também te fornece uma senha para uso livre do Wifi da cidade.


Lucena decorada para o natal - arquivo irmãs pelo mundo
 

:: ROTEIRO POR LUCERNA ::

 

Foi difícil achar um free tour por Lucerna. Encontramos uma opção neste site: https://freetourexpert.com/switzerland/lucerne-free-walking-tour/, mas como chegamos tarde na cidade, optamos por visitar o centro histórico por conta seguindo este percurso a partir do nosso hotel. O bairro Altstadt, conhecido como Cidade Antiga, é repleto de construções históricas, como a Muralha Medieval, as Igrejas Jesuítas e a Antiga Prefeitura. Prepare-se para andar bastante por suas ruas estreitas para observar as construções, que são um charme à parte.

 

Altstadt e a imponente torre do relógio - arquivo irmãs pelo mundo

Saindo do hotel, caminhamos até a KAPELLBRÜCKE cartão postal da cidade, construída no século XIV, e considerada a ponte coberta mais antiga de toda a Europa. Durante a Idade Média, funcionou como porta de entrada na cidade e através dos séculos se transformou em um dos maiores atrativos turísticos da Suíça. Entre as cidades suíças da época, Lucerna era particularmente popular em atrair novos residentes. Predominantemente católica, viu a maioria das comunidades próximas se tornarem protestantes a partir de 1520. Com isso, perdeu sua força na confederação. As pinturas expostas na Kapellbrücke contam a história da região sob o viés católico, uma clara tentativa de conter o avanço da Reforma Protestante na cidade.

 

Kapellbrücke - foto: divulgação

Quase no meio da ponte está a WASSERTUM (Water Tower), uma torre de 43 metros de altura, construída em 1303, que já foi usada como tesouraria, prisão e até área de torturas. É proibido fumar dentro da ponte, em razão de um incêndio que aconteceu justamente por causa de um fumante em 1993. Nesta época ela foi praticamente toda queimada e reconstruída um ano depois.

 

Seguimos pela margem do rio até a JESUITENKIRCHE, primeira igreja barroca na Suíça, erguida de 1666 a 1677 para reforçar a fé católica na cidade após a reforma protestante do norte. A parte interna se destaca pelas paredes brancas e pinturas pontuais. A obra que fica no altar mor foi criada pelo artista Domenico Torriani de Mendrisio entre 1667 e 1673. Assim como as outras igrejas da região, a visita é gratuita.


Kapellbrucke e a igreja Jesuitenkirche - foto: divulgação

Caminhamos até a IGREJA FRANCISCANA (Franziskanerkirche) e a praça Franzizkanerplatz. As primeiras partes do convento e da igreja foram erguidas pelos irmãos da ordem franciscana no início do século XIII e, naquela época, ainda ficavam do lado de fora da cidade. Com o decorrer dos anos, muito da estrutura foi modificada. As bandeiras pintadas na nave principal representam a Batalha de Sempach, das quais Lucerna saiu vitoriosa. Próximo à igreja está a ANTIGA FARMÁCIA (Alte Suidtersche Apotheke) que ainda funciona como farmácia atualmente, mas deixou algumas relíquias expostas em uma vitrine para deleite dos curiosos turistas que passam por ali.

 

Próxima parada, ponte SPREUERBRÜCKE, construída em 1408, é parecida com a Kapellbrücke. Ao lado há um antigo moinho, que já foi usado como gerador de energia para a cidade. Possui um pequeno oratório dedicado a Maria, e pinturas antigas também dispostas junto ao teto. No caso dessa ponte, o tema retratado é a Dança Macabra, uma alegoria medieval que mostra que todos são iguais perante a morte.


Spreuerbrucke - foto: divulgação

Atravessando a ponte, está a WEINMARKT, ou praça do vinho, que recebe todas as manhãs de terças e sábados uma feira a céu aberto. As pinturas nas fachadas também chamam a atenção e um dos destaques da praça é a FONTE DE ST. MAURICE, que apresenta seis guerreiros na base. As casas em volta dessa praça eram sedes de diversas guildas (alfaiates, sapateiros, ferreiros, artesãos, comerciantes, artistas plásticos entre outros profissionais).


Praça Weinmarkt e Fonte ST. Maurice - foto: divulgação

Seguimos caminhando até a HIRSCHENPLATZ que chama a atenção pelas fachadas com pinturas que homenageiam a pessoas ou entidades que serviam como protetores da população. Um dos prédios por exemplo mostra a batalha de Dornach, que foi a última travada entre a Alemanha e a Suíça em 1499.


Praça Hirschenplatz - foto: divulgação

A poucos passos está a praça KORNMARKT, local mencionado pela primeira vez em 1356, foi onde funcionou o mercado da cidade até o século XIX. Nela está a prefeitura de Lucerna (RATHAUS STADT LUZERN), exemplo da arquitetura renascentista italiano construída no início do século XVII e a TORRE DO RELÓGIO, que pode ser vista de diversos pontos da cidade.


Praça Kornmarkt, Rathaus (prefeitura) e a Torre do Relógio - foto: divulgação

Chegamos na Praça da Capela (KAPPELPLATZ) com sua fonte colorida chamada FONTE DO CARNAVAL (Fritschibrunnen), ponto de partida do Carnaval de Lucerna. A figura de Fritschi é o símbolo da folia. A lenda vem de, pelo menos, 1450 e conta que esse tal de Fritschi era um fazendeiro brincalhão que teria feito doações de dinheiro para a guilda Safran com a condição de que fosse servido vinho para os pobres durante o carnaval. O costume continua até os dias de hoje e bonecos representando-o fazem parte dos desfiles. Supostamente o corpo do Irmão Fritschi está enterrado embaixo dessa fonte, onde ficava o antigo cemitério ao lado da capela.

 

Também na praça fica a ST. PETERSKAPELLE, construída em 1918 sobre os restos de outra igreja que datava do século XII.

 

Praça da Capela com a Fonte do Carnaval e a St. Peterskapelle - foto: divulgação

Caminhe 550m em direção à IGREJA DE SÃO LEODEGAR (Hof), em alemão, Hofkirche. Construída sobre a fundação do Monastério Beneditino de St. Leodegar, incendiado em 1633, é considerada por muitos a igreja renascentista mais importante em solo suíço.


Igreja de São Leogar - foto: divulgação

A história da cidade de Lucerna está diretamente ligada à esta construção: Há milhões de anos atrás, Lucerna era toda coberta de gelo. A população começou a se concentrar na região depois da queda do Império Romano, no século VI, mas o crescimento só foi impulsionado com a fundação do Monastério Beneditino de St. Leodegar, em 750.

 

No meio do século seguinte, a propriedade foi adquirida pela Abadia de Murbach e, nessa época, a região já recebia o nome de Luciaria. A origem do nome ainda é incerta, mas acredita-se que tenha sido dado pelos romanos pelo fato do lago que banha a cidade ser um ponto de pescaria do peixe lúcio (grandes peixes de água doce da Europa), ou fazendo referência a lucius, nome latim dado à lança usada na pescaria. Outra associação etimológica popular também é feita com lucerna, que significa “lanterna”.

 

Caminhamos mais 500m até o LÖWENDENKMAL. Em 1798, nove anos após o começo da Revolução Francesa, as tropas de Napoleão invadiram a Suíça, acabando com a Confederação Helvética. O Löwendenkmal, também chamado de monumento do leão, é uma escultura feita entre os anos de 1820 e 1821 que homenageia as tropas suíças que protegiam a família do rei francês Luis XVI e foram dizimadas durante a revolução. A guarda suíça era um dos melhores exércitos da Europa e por serem famosos por sua disciplina e lealdade, eram comumente contratados por famílias reais na França, na Espanha e na Itália. Este ponto turístico fica cerca de 1km do Centro Histórico.


Löwendenkmal - arquivo irmãs pelo mundo

Poucos passos do Leão de Lucerna fica o Gletschergarten, um sítio arqueológico descoberto durante as escavações para a construção de uma adega. Ali estão testemunhos de 20 milhões de anos de transformações geológicas.

 

Caso tenha tempo, visite a Antiga Muralha Musegg (Museggmauer) e as 9 torres que foram construídas entre os anos de 1350 e 1408, e faziam parte importante no trabalho de fortificação da cidade durante a Idade Média. O centro antigo é quase todo contornado por essas muralhas, que chegam a ter um metro e meio de espessura e estão muito bem conservadas. O acesso às torres é gratuito e algumas são abertas para visitação entre os meses de abril e novembro. As 4 que estão abertas ao público são: Schirmer, Zyt, Wacht e Männli. O relógio mais antigo da cidade, construído em 1535, está na torre Zyt e toca de hora em hora, um minuto antes de todos os outros relógios da cidade.

 

:: PASSEIO DE BARCO NO LAGO DE LUCERNA

 

O Lago Lucerna se chama Vierwaldstätersee, é o quarto maior lago da Suíça, cercado por montanhas e vilas super charmosas. Fazer um cruzeiro panorâmico por ele é um dos passeios turísticos mais populares da cidade. Durante o passeio você ganha uma visão privilegiada da cidade e das montanhas. A região é belíssima e rende fotos incríveis.

 

:: VISITANDO AS MONTANHAS ::

 

Se você tiver mais tempo aproveite para conhecer alguma das montanhas da região: Rigi, Pilatus ou Titlis. Titlis é a única que tem neve garantida o ano inteiro, enquanto as outras se mantém branquinhas apenas no inverno. Visitamos a Montanha TITLIS, a mais alta da região.


:: MONTANHA TITLIS

 

Titlis é a montanha mais famosa de Engelberg e a queridinha dos turistas principalmente por ter neve o ano todo! Sim! Esse é um dos poucos lugares da Suíça que realmente tem neve garantida o ano todo. O cume de Titlis está a 3.062 metros de altitude. O preço é de CHF 96 por pessoa ida e volta (ref. novembro/2023 pode variar conforme a estação) e se você tiver viajando com um Swiss Travel Pass, você só paga metade do valor do ingresso.


Titles e o bondinho giratório Titlis Rotair - foto: divulgação

De Lucerna até a Titlis leva-se 1h20 aproximadamente e é necessário pegar o trem na estação Hauptbahnhof até a cidadezinha de Engelberg (40 min o trecho). Da estação de trem, é possível chegar à base do bondinho pra Titlis caminhando 5 minutos ou de ônibus.


Paisagem branquinha no tajeto Lucerna a Engelberg - arquivo irmãs pelo mundo
Engelberg - arquivo irmãs pelo mundo
Muita neve em Engelberg - arquivo irmãs pelo mundo
Titlis - arquivo irmãs pelo mundo

Agora são duas etapas para chegar até a Titlis: o primeiro trajeto de 10 minutos é pela gôndola Express até a estação intermediária Trübsee. No dia da nossa visita, por conta da nevasca, inicialmente apenas esse trecho estava disponível. Visitamos a estação, aproveitamos os momentos com a neve caindo, e felizmente quando iríamos descer, liberaram o segundo trecho!


Primeiro trajeto na gôndola Express - arquivo irmãs pelo mundo
Parece cena de filme de tão lindo - arquivo irmãs pelo mundo

O segundo trecho é através do bondinho giratório Titlis Rotair que, durante 5 minutos até o topo, dá um giro de 360 graus em torno do próprio eixo e te permite ter uma vista maravilhosa dos Alpes. No dia da nossa visita como estava nevando a visibilidade estava bem comprometida. Mesmo assim, o passeio foi incrível e é imperdível na Suíça!


Tempo fechado na neblina ao chegar no tipo da Titlis - arquivo irmãs pelo mundo
No topo da montanha, zero visibilidade, mas a experiência valeu muito - arquivo irmãs pelo mundo

Na hora da descida, o tempo já estava abrindo e nos proporcionou essa paisagem linda!


Retornando a Engelberg, o tempo já estava abrindo - arquivo irmãs pelo mundo

No topo da montanha há diversas atividades: Titlis Cliff Walk, a ponte suspensa para pedestres mais alta de toda a Europa (ela está a 3.041m de altitude!!); a Glacier Cave, uma passagem/caverna de gelo; uma Estação de Ski com 80km de pistas; o Ice Flyer (teleférico que te leva ao Glacier Park – no verão apenas); e um Snowpark, pra quem quer começar/aprender a esquiar.


Titlis Cliff Walk - foto: divulgação

:: MONTE PILATUS

 

Do centro de Lucerna são cerca de 30 minutos, separe meio dia para o passeio. O preço é em torno de CHF 57.60 por adulto, ida e volta e pode variar de acordo com a época do ano. Se você tiver viajando com um Swiss Travel Pass, você só paga metade do valor do ingresso. No verão, Pilatus pode ser visitada de trem pela a estrada de ferro mais íngreme do mundo.


Monte Pilatus - foto: divulgação

:: MONTANHA RIGI

 

Um dos passeios mais populares a partir da cidade de Lucerna, a montanha Rigi é conhecida como a rainha das montanhas devido a majestosa vista que podemos apreciar do topo. A Rigi está a 1798 m acima do mar, e comparada com as outras montanhas da região, Pilatus (2128 m) e Titlis (3238 m) é uma das mais baixas. O tour de visitação é considerado um dos mais completos pois possibilita combinar um cruzeiro pelo lago de Lucerna com a subida de trem ou bondinho até o topo da montanha. Além disso há diversas outras opções como várias trilhas, piscina aquecida de frente para os Alpes. A visita é gratuita para quem possui o swiss travel pass (sem o passe custa CHF 72).


Subida de trem até o monte rigi - foto: divulgação

O tempo médio do tour incluindo o passeio de barco saindo de Lucerna até o topo da montanha Rigi é de 1:30h, sendo assim, meio dia é suficiente para fazer esse passeio caso você não tenha em mente fazer trilhas ou experimentar o spa com piscinas termais.

 

Há diferentes formas de se chegar ao topo da montanha e uma das mais famosas começa embarcando em um cruzeiro pelo lago de Lucerna e descendo na estação de Weggis ou Vitznau. Se você optar por desembarcar em Weggis, a subida ao topo da Rigi se dará em duas etapas: bondinho até a estação intermediaria Rigi Kaltbad, onde fica o spa e piscinas termais de frente para os Alpes, seguido do trem de cremalheira para chegar a Rigikulm, o topo da montanha. Caso desembarcar na estação de Vitznau, pega-se o trenzinho de cremalheira que sobe até o topo da Rigi (há paradas em estações). Caso não quiser realizar o passeio de barco, chegue de trem regional até a estação Arth – Goldau para pegar o trem de cremalheira.


Telefério na Rigi - foto: divulgação

Ao chegar ao topo da Rigi, você terá a incrível vista 360 graus da região de Lucerne e Zug com um panorama dos Alpes e cerca de 13 lagos. Além disso, é possível ter uma vista da França e Alemanha. Há uma lanchonete e um restaurante com terraço panorâmico, além do tradicional Hotel Rigi Kulm que completou 200 anos em 2016. Experimente algum prato típico da culinária suíça como o Älplermagronen (macarrão alpino), ou então curta a vista panorâmica dos Alpes tomando um drink ou café.

 

:: ONDE COMER ::

 

Há uma grande variedade de restaurantes e cafés às margens do Rio Reuss, bem no centrinho da cidade. Lucerna fica em uma parte da Suíça com influência alemã, então você encontrará mais comida alemã suíça em Lucerna do que francesa suíça. Os pratos tradicionais suíço-alemães são fartos e se concentram em carne e batatas e, claro, queijo suíço, que derretido vira o maravilhoso Fondue de Queijo.

 

O prato nacional da Suíça chama-se Rosti e trata-se de batata ralada grosseiramente frita em forma de hambúrguer. Raclette é um tipo de queijo que é aquecido até ficar pegajoso para depois ser derramado sobre batata e picles. A massa que é enrolada e feita em forma de nó e assada é chamada Pretzel e a torta doce composta por nozes caramelizadas numa massa Nusstorte.

 

:: COMO SE VESTIR NO INVERNO NA SUÍÇA::

 

A dica é vestir-se em camadas, idealmente 3 (blusa térmica + fleece/down jacket/puffer + casaco quente/corta vento). Não exagere na quantidade e nem coloque roupas muito justas, pois é o ar “preso” entre as camadas que te mantém aquecido.

 

Nas cidades, não deixe a primeira camada muito quente, pois ao entrar em lugares fechados com aquecedor, você vai suar. Quando for passar o dia nas montanhas, recomenda-se calça impermeável e por cima um casacão apropriado pra neve: quente, impermeável e corta-vento. Cachecol, gorro e luvas sempre na bolsa para emergências e meia grossa e sapato apropriado com solado de borracha para isolar o frio do chão.


Curtindo a neve sem passar frio - arquivo irmãs pelo mundo
 

Sem duvidas, a Suíça é um país diferenciado! Esperamos que tenham gostado das dicas e informações! Continue o nosso roteiro pela Europa clicando aqui! Nossa próxima parada é na vilazinha de Zermatt na Suíça!

 

Beijos

Paula e Gabe

 

Assista nossos dias na Suíça em detalhes (mostrados ao vivo pelos stories do Instagram):

[ Parte 1 LUCERNA ]

 

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::: Leia um breve resumo sobre a HISTÓRIA DA SUÍÇA. Adoramos conhecer o contexto histórico dos locais que visitamos!


A Suíça é uma república federal composta por 26 estados, chamados de cantões, com a cidade de Berna como capital (Zurique é a capital financeira). Sua formação iniciou em 1290 com a chamada Confederação Helvética (por isso é que os sites suíços têm a extensão ch); uma aliança entre as três comunidades dos vales nos Alpes Centrais que ficaram esquecidos pelos duques e reis: Uri, Schwyz e Unterwalden.


Suíça e seus cantões - foto: divulgação

A região da Suíça passou nas mãos dos romanos, germânicos, e dos poderosos Habsburgo da Áustria. Por conta desta pluralidade, as diferentes línguas faladas obrigaram a criar um nome único em latim, língua maioritariamente falada na Europa naquela época. Por isso, o termo Helvética vem da palavra latina Helvetier referenciado o nome da antiga tribo celta dos Helvécios que os romanos antigos encontraram no planalto cercado que montanhas que hoje forma a Suíça.

 

Esta aliança inicial foi progressivamente aumentando com a adesão das cidades de Lucerna, Zurique, Berna, Glarus e Zug, ficando conhecida em alemão como Acht Orte (Oito lugares). A confederação aumentou a sua influência nas cidades vizinhas e outras regiões, e a expansão dos territórios continuou através da compra de alguns direitos judiciais, pactos e também através da conquista militar.

 

As Guerras da Borgonha permitiram um novo alargamento da união com a adesão Friburgo e Solothurn. Na Guerra dos Suabos contra o imperador Maximiliano I, os Suíços saíram vitoriosos e como resultado direto do conflito, Basel e Schaffhausen se juntaram a confederação. Appenzell entrou em 1513 como o décimo-terceiro membro. Esta federação de treze cantões (Dreizehn Orte) constituiu a antiga confederação suíça, até a invasão das tropas napoleónicas e de Berna em 1798.

 

Durante as Guerras Napoleônicas a Suíça foi completamente invadida pelos franceses e a Confederação Suíça teve seu colapso. Em 12 de Abril de 1798 as forças de ocupação estabeleceram a aristocracia em Genebra, com um estado centralizador baseado nas ideias da Revolução Francesa e proclamaram a República Helvética, "Una e Indivisível", acabando com a soberania dos cantões e os direitos feudais. A implantação do novo estado falhou e a instabilidade na república atingiu seu ápice em 1803. Napoleão percebeu que o sistema de República nunca seria viável e criou a Ata de Mediação e estabeleceu seis novos cantões.

 

Em 1815 após a derrota de Napoleão na Batalha de Waterloo, a Suíça regressou ao Antigo Regime de sistema federal. Os seis cantões da Ata de Mediação receberam o estatuto de estados livres e Neuchâtel e Genebra voltaram a entrar para a confederação após terem sido anexados pela França. Em 1848 Suíça passava a ter 22 cantões com as fronteiras iguais às da atualidade. Há lembranças da República Helvética na Suíça moderna, como certos aspectos de alguns cantões e constituições.

 

Nos tempos atuais, o termo Helvetia não é utilizado para caracterizar oficialmente a Suíça e segundo a carta das denominações de países da Suíça, o país é nomeado oficialmente como Confederação Suíça e explicita que deve ser evitado o uso de todas as palavras com prefixo helveto.

 

A Confederação Suíça atual é constituída por 26 cantões e quatro principais regiões linguísticas e culturais: alemão, francês, italiano e romanche. Por essa pluralidade, os suíços não formam uma nação no sentido de uma identidade comum étnica ou linguística. O forte sentimento de pertencer ao país é fundado sobre o histórico comum, valores compartilhados de federalismo, democracia direta e neutralidade (não esteve em estado de guerra internacionalmente desde 1815) e pelo simbolismo Alpino. É um dos países mais ricos do mundo e Zurique e Genebra foram classificadas como as cidades com melhor qualidade de vida no mundo.

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Sobre Nós

Somos irmãs, residentes da cidade de Cocal do Sul em Santa Catarina e adoramos explorar lugares e ter novas experiências. Já viajamos para mais de 12 países e conhecemos 11 estados brasileiros. Apaixonadas por bons drinks, boa comida e estar com amigos.

 

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