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ITÁLIA – VERONA: a cidade que inspirou Romeu e Julieta

Com 2 mil anos de história, Verona é um dos principais centros urbanos do Norte da Itália. Um destino que reúne monumentos antigos, edifícios encantadores e paisagens surpreendentes que foram cenário da história imortalizada por Shakespeare.



Por Irmãs Pelo Mundo, outubro de 2019


Em 2019 organizamos uma viagem para os nossos pais conhecerem a Itália! Foram 15 dias percorrendo 5 cidades icônicas desse pedacinho do velho continente que fazem com que o turista viaje no tempo literalmente.


Até hoje essa viagem rende histórias e vira e mexe nossos pais enviam o roteiro para os amigos viajantes para servir como base, ou até mesmo cópia kkk. Então, também vamos compartilhar com vocês toda a nossa pesquisa, para quem sabe facilitar a programação da sua visita a esse país maravilhoso!


Falaremos nesse post sobre Verona, e se quiser saber mais sobre as demais cidades visitadas é só clicar nos links abaixo:


Roma: La Città Eterna – clique aqui

Florença: a cidade do Renascimento – clique aqui

Milão: a capital italiana da moda – clique aqui

Veneza: a romântica cidade sobre as águas – clique aqui


Saímos novamente cedinho logo após o café da manhã, rumo a Verona, a penúltima cidade italiana dessa viagem. Verona está situada na região do Vêneto, 120 quilômetros a oeste de Veneza e a pouca distância do Lago de Garda, o maior lago da Itália. O trajeto Milão-Verona durou 1h15min. Separamos apenas um dia para conhecer Verona e com certeza poderíamos ter ficado mais! Nossos pais amaram a cidade e trocariam os dias em Milão por Verona sem pensar!


Verona é uma das cidades mais interessantes da Itália, cercada por morros e cortada pelo rio Adige. Com 2 mil anos de história, a cidade foi um proeminente centro político e econômico durante o período romano, época da qual se originam edificações ainda hoje existentes.


Verona e o seu rio Adige - foto: divulgação

Aliás, depois de Roma, Verona é considerada a segunda cidade de Itália pela presença de vestígios romanos muito bem preservados, como a Arena, o Teatro Romano, a ponte Pietra, o arco Gavi, os portões Leoni e Borsari, apenas para citar alguns. Outros valiosos testemunhos históricos e artísticos, como o perímetro das muralhas, os portões e muralhas da República de Veneza e as fortificações do período Habsburgo.


Por conta da trágica história de amor entre Romeu e Julieta, Verona ganhou fama e apelidos como “A Cidade dos Apaixonados”, “A Cidade do Amor Eterno”, entre outros. Apesar dessa ficção romântica, a cidade é cheia de história genuína.

 

HOSPEDAGEM


Para hospedagem optamos pelo Hotel Bologna localizado no centro, a poucos passos da Arena. Os quartos eram um pouco pequenos, mas a localização compensou, até porque só iríamos passar uma noite. Para reservar clique aqui!


Nosso quarto no Hotel Bologna - foto: tripadvisor
Café da Manhã do Hotel Bologna - foto: Tripadvisor
Localização perfeita no centro histórico - foto: Tripadvisor
 

ROTEIRO


Em Verona não reservamos tour pois uma amiga dos casais que acompanharam nossos pais foi a guia e apresentou os principais pontos turísticos da cidade.


arquivo irmãs pelo mundo

Na porta do hotel está a Piazza Bra, que costuma ser a porta de entrada dos visitantes no Centro Histórico de Verona e é uma das praças mais conhecidas do país. O acesso à praça é feito através dos Portões da Piazza Bra (a cidade tem vários desses portais) e ao seu redor ficam edifícios importantes para a cidade, como o Palácio della Gran Guardia, o Palazzo Barbieri, e a Arena di Verona, que visitamos em seguida.


Piazza Brà com a Arena di Verona e o Palazzo Barbieri - foto: divulgação
Mais um belíssimo portão - arquivo irmãs pelo mundo
Caminho do hotel Bologna até a piazza - arquivo irmãs pelo mundo

A Arena di Verona é um dos anfiteatros mais importantes da era romana e o maior depois do Coliseu de Roma, com o qual se parece bastante. O monumento é o terceiro maior anfiteatro romano do mundo e sobreviveu até a um terremoto no século 12. Perto de completar 2 mil anos, ainda sedia concorridas apresentações, sendo que a programação inclui o tradicional Festival de Óperas – no verão – e também concertos de rock.


A falta de fontes escritas sobre a inauguração do anfiteatro dificulta a atribuição de uma data certa para a sua construção, mas diversos estudos demonstraram que a Arena não poderia ter sido construída em um período posterior ao século I. De forma elíptica, as dimensões do Arena dão uma ideia da sua grandeza: 152 metros de comprimento e 123 de largura. Tem capacidade para mais 25.000 espectadores.


Arena di Verona! Linda! - arquivo irmãs pelo mundo
Impossível não fotografar cada cantinho - arquivo irmãs pelo mundo
Arquivo irmãs pelo mundo

Seguimos caminhando pela Via Mazzini, o calçadão comercial da cidade, até a Piazza delle Erbe, um antigo fórum romano, onde acontecia a vida política e econômica da cidade. A praça é a mais conhecida de Verona e nela você encontrará várias construções e uma fonte de alto interesse arquitetônico. Na Piazza do Erbe também acontece um colorido mercado de manhã.


Via Mazzini, liga a Piazza Bra a Piazza delle Erbe - foto: divulgação
A Piazza delle Erbe é uma das principais de Verona e conta com um casario belíssimo - foto: divulgação

Entre as atrações e edifícios ao redor da praça estão o Palazzo Maffei, construído em estilo barroco em 1668, a Casa dei Mazzanti, uma das maiores atrações da praça, devido aos seus belos afrescos; o Arco della Costa e a fonte de Maddona Verona, que é o monumento mais antigo da praça datando 1378.


Fonte Madonna Verona - arquivo irmãs pelo mundo

O Palazzo del Commune, também conhecido como Palazzo della Ragioni é a prefeitura da cidade, função que recebeu durante o reinado dos venezianos que o tornaram a sede do município. Este imponente complexo de edifícios, forma quase quadrado com um pátio central, possuindo fachadas para as Piazza delle Erbe, Piazza dei Signori, Via Dante e Via Cairoli.


A data e construção deixa dúvidas já que há duas placas que deixam dúvida, uma indica o ano 1138 e a outra de 1193. O que é certo é que no ano de 1218 um incêndio causou graves danos ao palácio, mas ele foi reconstruído no ano seguinte. Em 1447 foi construído o pátio interno, o chamado “Scala della Ragione” sob a Torre dei Lamberti, construída pela família Lamberti em torno de 1172 e que é visitável.


Torre dei Lamberti - arquivo irmãs pelo mundo
Scalla della Ragioni - foto: divulgação

Por fim, para finalizar as grandes atrações da praça, a Casa dei Mercanti, ou Domus Mercatorum, um prédio que fica na esquina com a Via Pellicciai. A casa do comerciante foi construída em 1301 pela família Scaligeri, mas depois disto sofreu várias transformações. Então, em 1797, mudou de nome e tornou-se a Câmara de Comércio. Atualmente, hospeda a Banca Popolare di Verona.


Casa dei Mercanti - arquivo irmãs pelo mundo

Da praça seguimos para uma das atrações mais queridas e Verona: a casa onde possivelmente viveu Julieta. Conta a tradição que o edifício, do século XIII, chamado II Cappello, era o palácio dos Capuleto (a família de Julieta). O famoso balcão, onde Julieta via Romeu, foi construído em 1928.


Escrito por William Shakespeare em meados de 1500, a famosa história de amor, o romance Romeu e Julieta, tem um lugar especial em Verona. Com centenas de mensagens de amor escritas em sua entrada, a casa de Julieta é uma das visitas mais típicas de cidade. Muitos bilhetinhos e cadeados com nomes de casais apaixonados são deixados na casa de Julieta.


Estátua de Julieta - foto: divulgação
Casa de Julieta - foto: divulgação
O famoso balcão - arquivo irmãs pelo mundo

O acesso ao pátio, onde está uma estátua de bronze de Julieta é gratuito e o acesso à residência onde fica o balcão de onde Julieta ouvia as juras de amor de Romeu, é pago. Também é possível visitar a tumba de Julieta. Por ser um lugar super concorrido entre turistas, geralmente é lotado, então vá com um pouco de paciência para disputar o espaço com outras pessoas.


A crença que ronda o lugar é de a pessoa que esfrega a mão sob o seio da estátua de Julieta tem sorte no amor! De tão gasta e depredada por conta dessa tradição, a estátua original de Julieta foi substituída por uma réplica. A original está dentro da casa.


Claro que também seguimos a tradição - arquivo irmãs pelo mundo

Quem ai já assistiu o filme Cartas para Julieta? O Club di Giulietta, fundado em 1972 por Giulio Tamassia, é responsável por dar ouvidos a milhares de cartas de amor enviadas de todo o mundo ou deixadas no local. As secretárias de Julieta, são pessoas que dedicam algumas horas de suas visitas a Verona para ler os relatos e redigir respostas a essas cartinhas, assinando como a própria Julieta na maioria das vezes.


Mural das cartinhas de amor - arquivo irmãs pelo mundo

Também há a casa de Romeu em Verona, que pertenceu a família dos Montecchio. Menos famosa do que a casa de sua amada Julieta, a casa tem um exterior bem conservado e uma fachada em estilo gótico do século XIX. Por ser um local privado, não é possível visitá-lo internamente.


Seguimos para a Piazza dei Signori, uma emblemática praça de Verona cercada por edifícios conectados e por arcos muito bonitos, como o Arco della Costa. No centro da praça está um monumento dedicado a Dante Alighieri e ao seu redor prédios como o Palazzo degli Scaligeri, Palazzo dei Capitanio e a Loggia dei Consiglio, que já abrigou muitas reuniões do conselho da cidade.


Piazza dei Signori - foto: divulgação

Também visitamos o Castelvecchio, construído entre 1354 e 1356 sobre antigas fortificações que já existiam no lugar. Sua construção exibe uma muralha fortificada ao seu redor, 7 torres, além de uma ponte que dá acesso ao local atravessando o Rio Adige. O local foi construído por Casagrande II della Scala, como local de defesa e fortificação da cidade.


Castelvecchio - foto: divulgação
A ponte de pedra é outro ponto turístico de Verona - arquivo irmãs pelo mundo

Não conseguimos visitar por conta do pouco tempo em Verona, mas outro ponto turístico recomendado é a Colina de San Pietro, um lugar menos popular, mas com diferentes atrações, como o Teatro Romano, construído sob a liderança de Ottaviano Augusto no final do século I a.C.; o funicular de Verona, a Igreja de San Stefano, além da própria região, que oferece uma vista panorâmica muito bonita.


Colina di San Pietro - foto: divulgação

Nesse mapa estão as atrações que visitamos e a localização do hotel. Viagem chegando ao fim... última parada: La Serenissima Venezia! A mais encantadora e enigmática cidade do mundo. Pegamos o trem rumo a Veneza! Para continuar acompanhando a viagem, clique aqui!

 

HISTÓRIA


Verona tem origens antigas desde o período pré-histórico, que datam dos primeiros assentamentos até a fundação do município no século 12. Ao que parece, foi fundada pelos Celtas e mais tarde, em 89 a.C., passou a ser uma colônia romana com o nome de Augusta. Foi capital de ducados durante a Reino Lombardo e em 145 foi uma colônia de monges Beneditinos.


A cidade ganhou importância por possuir o principal vau da região, situado no rio Adige - na língua etrusca, Verona significa "cidade veneziana no rio", e devido a sua localização estratégica na junção de quatro estradas principais: a Via Gallica, de Turim a Aquileia; a Via Claudia Augusta, de Modena à Alemanha; a Via Postumia, da Ligúria à Ilíria; e o Vicum Veronensis, que ligava a cidade a Ostiglia.


Ruínas da cidade antiga no centro histórico de Verona - arquivo irmãs pelo mundo
Casario lindo em Verona - arquivo irmãs pelo mundo

A relação entre Verona e a Roma Antiga era geralmente de amizade ou aliança, e devido à sua posição de liderança no norte da Itália, Verona esteve frequentemente envolvida nas guerras civis romanas. Figuras famosa lutaram em Verona, incluindo Constantino, o Grande, que aqui derrotou Rurício Pompeiano depois de um longo cerco em 312.


Nos primeiros séculos d.C., Verona converteu-se lentamente ao cristianismo e sob o bispo São Zeno, a doutrina ortodoxa foi definitivamente imposta. Após a queda definitiva do Império Romano do Ocidente em 476, Verona foi um dos redutos de Odoacro (líder do povo germânico que destituiu Rômulo Augusto, o último imperador), cujo governo estava bem entrincheirado na cidade. Em Verona, Odoacro implementou sua última resistência contra o exército ostrogodo enviado contra ele pelo imperador oriental, liderado por Teodorico, o Grande.


Verona e suas pontes. Paisagem lindíssima - foto: divulgação

Com a tomada de Verona em 489, começou a dominação gótica da Itália; Teodorico construiu um de seus palácios na cidade, outro estava em Ravena. A cidade permaneceu nas mãos dos godos durante toda a Guerra Gótica e em 569 foi tomada por Alboíno, rei dos lombardos, tornando-se a segunda cidade mais importante de seu reino e vindo a ser então a residência comum dos reis da Itália. Alboino foi morto por sua própria esposa em Verona em 572.


Alboino, rei dos lombardos - foto: divulgação

Em 774, Adalgisus, filho de Desidério, fez sua última resistência desesperada contra Carlos Magno, que havia destruído o reino lombardo. O governo da cidade tornou-se hereditário na família do conde Milo, progenitor dos condes de San Bonifacio. De 880 a 951, os dois Berengários residiram lá assim como muitos duques de Treviso. De 951 a 975 Verona estava sob o controle do Ducado da Baviera.


A crescente riqueza das famílias burguesas eclipsou o poder dos condes e, em 1135, Verona foi organizada como uma comuna livre e em 1164 juntou-se a Vicenza, Pádua e Treviso para criar a Liga Veronesa, que foi integrada à Liga Lombarda em 1167 para lutar contra o imperador Frederico I Barbarossa. A vitória foi alcançada na Batalha de Legnano em 1176, e o Tratado de Veneza assinado em 1177 seguido pela Paz de Constança em 1183. Isso, no entanto, deu origem às facções de Guelfos e Gibelinos em Verona, que brigaram pelo poder até 1490, quando a cidade passou a ser dominada pelo imperador Maximiliano I, que pretendia torná-la a capital do renovado reino alemão no norte da Itália.


Arena e o centro histórico - arquivo irmãs pelo mundo

Nesse período Verona também sofreu com uma praga (1511-1512), que matou 13.000 habitantes. Com o tratado de Bruxelas (dezembro de 1516), Maximiliano deu a cidade ao seu neto Carlos V de Espanha, que por sua vez a cedeu à França. Este último finalmente a devolveu a Veneza, que iniciou um programa de fortificações que fez de Verona sua principal fortaleza no continente, sua guarnição incluindo metade de suas tropas.


A paz levou a um período de esplendor econômico, cultural e artístico para Verona. A cidade foi embelezada por um grande número de palácios, igrejas e conventos, vivendo períodos de expansão nos séculos XIII e XIV sob o domínio da família Scaliger e dos séculos XV ao XVII sob a República de Veneza. Verona chegou a ostentar a supremacia artística de toda a Itália, sendo sede de uma escola pictórica onde se destacou Paolo Veronese.


Verona foi ocupada por Napoleão em 1797, mas na segunda-feira de Páscoa – nas Páscoas Veronesas – a população se levantou e expulsou os franceses. Napoleão pôs fim à República de Veneza e Verona tornou-se território austríaco com o Tratado de Campo Formio em 12 de outubro de 1797. Os austríacos assumiram o controle da cidade em 1798. Em 1805 com o Tratado de Pressburg, Verona tornou-se parte do Reino da Itália de Napoleão, mas foi devolvido à Áustria após a derrota de Napoleão em 1814, quando se tornou parte do Reino da Lombardia-Veneza, de propriedade austríaca.


Verona - foto: divulgação

Em 1866, no aniversário da derrota de Königgrätz, os austríacos evacuaram e Verona foi incorporada ao Reino de Itália com a Terceira Guerra de Independência Italiana. Em 1882 a cidade foi atingida por uma grande enchente, que levou à construção de barrancos que mudaram a cara da cidade antiga, varrendo os moinhos e os desembarques no rio.


Durante a Segunda Guerra Mundial, Verona foi uma das cidades mais bombardeadas do nordeste da Itália, devido ao seu estratégico pátio de manobras (o alvo da maioria dos ataques) e à presença de ministérios da República Social Italiana. Os bairros industriais e os bairros próximos à ferrovia foram os que mais sofreram, mas até o centro da cidade sofreu danos significativos. Em abril de 1945, os alemães em fuga destruíram todas as pontes e no final da guerra, cerca de 7.000 edifícios, ou 44% da cidade, foram destruídos ou danificados; vítimas civis totalizaram 700 mortes.


Em 2000 a cidade foi declarada patrimônio da humanidade pela UNESCO por causa da sua estrutura urbana e arquitetura. Verona é um notável exemplo de cidade que se desenvolveu progressivamente e sem interrupções durante dois mil anos, integrando elementos artísticos de altíssima qualidade dos diversos períodos que se seguiram. Representa também, em um modo excepcional, o conceito de uma cidade fortificada em etapas determinantes da história europeia.


Um dos portões de acesso a Piazza Brà - foto divulgação
 

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Sobre Nós

Somos irmãs, residentes da cidade de Cocal do Sul em Santa Catarina e adoramos explorar lugares e ter novas experiências. Já viajamos para mais de 12 países e conhecemos 11 estados brasileiros. Apaixonadas por bons drinks, boa comida e estar com amigos.

 

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