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ITÁLIA – MILÃO: a capital italiana da moda

Capital da moda e do requinte, Milão é uma cidade acostumada aos holofotes, ao charme e ao luxo, listada há décadas como um dos principais destinos da Itália.



Por Irmãs Pelo Mundo, outubro de 2019


Em 2019 organizamos uma viagem para os nossos pais conhecerem a Itália! Foram 15 dias percorrendo 5 cidades icônicas desse pedacinho do velho continente que fazem com que o turista viaje no tempo literalmente.


Até hoje essa viagem rende histórias e vira e mexe nossos pais enviam o roteiro para os amigos viajantes para servir como base, ou até mesmo cópia kkk. Então, também vamos compartilhar com vocês toda a nossa pesquisa, para quem sabe facilitar a programação da sua visita a esse país maravilhoso!


Falaremos nesse post sobre Milão, e se quiser saber mais sobre as demais cidades visitadas é só clicar nos links abaixo:


Roma: La Città Eterna – clique aqui

Florença: o berço do Renascimento – clique aqui

Verona: a cidade que inspirou Romeu e Julieta – clique aqui

Veneza: a romântica cidade sobre as águas – clique aqui


Novamente após o café da manhã, nossos pais saíram do hotel em Florença para a estação de trem Santa Maria Novella, que é a central, e depois de 2:00h de viagem chegaram em Milão. Este foi o 10º dia de viagem.


Milão é a segunda maior metrópole da Itália e uma das cidades principais do mundo. É conhecida mundialmente como a capital do design, com influência global no comércio, na indústria, música, esporte, literatura, arte. Famosa por suas casas e lojas de moda (como a Via Montenapoleone) e a Galleria Vittorio Emanuele na Piazza Duomo (o shopping center mais antigo do mundo), tem um rico patrimônio cultural com museus importantes, universidades, academias, palácios, igrejas e bibliotecas e possui uma culinária riquíssima em pratos variados. Recebeu mais de 1,914 milhão de turistas estrangeiros 2008.


Para hospedagem optamos pelo Hotel Gran Duca di York que fica a poucos metros da Catedral e da Galleria. O hotel é um estabelecimento artístico situado num palácio histórico do século 18 com uma exposição de afrescos de época no saguão. Assim como nos demais hotéis o café da manhã estava incluído na diária. Está na posição 3 do ranking do Tripadvisor. Para reservar clique aqui.


Quarto do hotel. Algumas acomodações possuem varandinha - foto: divulgação
Fachada do hotel - foto: divulgação
Espaço comum para um café e relaxar - foto: divulgação
Café da manhã - foto: divulgação
Decoração do hall - foto: divulgação
 

ROTEIRO


Dia 01 – Duomo di Milano


Reservamos o primeiro dia na Lombardia para conhecer a Catedral de Milão (Duomo di Milano), uma das mais célebres e complexas edificações em estilo gótico flamejante, relativamente pouco comum na Itália.


Com 157 metros de comprimento, 11.700 metros quadrados e espaço para mais de 40.000 pessoas, o Duomo de Milão é uma das maiores catedrais católicas do mundo. Anteriormente o local da Duomo esteve ocupado pela Basílica de Santo Ambrósio desde o século V, e em 836 foi agregada a Basílica de Santa Tecla. Em 1075, ambos os edifícios foram destruídos por um grande incêndio e em 1386 começou a construção da magnífica catedral.


A magnífica catedral - foto: divulgação

A construção da Catedral de Milão começou em 1386 sob o mandato de Gian Galeazzo Visconti, visando renovar a área e celebrar a política de expansão territorial dos Visconti, e aconteceu durante cinco séculos, nos quais diferentes arquitetos, escultores e artistas deram sua contribuição profissional na famosa “Fabbrica del Duomo” (Fábrica da Catedral). O resultado de todo este trabalho foi uma arquitetura única, que mescla o estilo gótico internacional com a tradição lombarda.


A Catedral de Milão é um templo de grandes dimensões composto por grandes placas de mármore escurecido. Seu interior apresenta um aspecto estilizado e amplo graças às longas colunas de mármore com estátuas talhadas que chegam até o teto. No ponto mais alto está a estátua de cobre dourado esculpida por Giuseppe Perego em 1774, conhecida como Madonnina e transformada em símbolo de Milão, e entre as colunas há grandes quadros pendurados que representam diferentes cenas religiosas.


Madonnina, estátua dourada símbolo de Milão - foto: divulgação

Um dos elementos mais chamativos é a estátua de Bartolomeu Apóstolo, padroeiro dos padeiros, na qual aparece com a pele arrancada, fazendo referência ao martírio que sofreu, e na cripta da catedral está a Capela de São Carlos Borromeo, na qual se conservam seus restos.


Em uma abóbada do teto situada atrás do altar está um dos tesouros da catedral, um prego da Cruz de Cristo. No sábado mais próximo do dia 14 de setembro, o prego é tirado do lugar onde costuma ser guardado para que os fiéis possam admirá-lo.


Estátua Bartolomeu Apóstolo - foto: divulgação

Sob o Duomo, pode-se visitar as escavações arqueológicas que mostram os restos da Catedral de Santa Tecla e as ruínas de um batistério cristão do século IV. No centro do batistério estão os restos de uma grande pia batismal octogonal na qual dizem que Santo Ambrósio batizou Santo Agostinho em 387.


O terraço da parte superior da catedral ocupa praticamente toda a superfície do telhado e é visitável, sendo o acesso tanto a pé, utilizando umas escadas bastante confortáveis, quanto usando o elevador, pelo qual é necessário pagar um adicional. Adquirimos o ingresso com a opção de visitação no terraço de elevador, mas acabamos não conhecendo pois estava chovendo... alôoo perrengue chique! O ingresso custou 26,5 Euros.


Terraço visitável da Duomo - foto: divulgação

Dia 02 – City Tour


Segundo e último dia em Milão: contratamos um tour de um dia pelo site GetYourGuide para conhecermos os principais pontos turísticos da cidade, e é claro, visitar a obra de Leonardo: A Última Ceia (ingresso incluso no tour). Inicialmente tentamos comprar o ingresso para visitar A Última Ceia por conta, mas já estavam esgotados para a data. A compra deve ser feita com no mínimo dois meses de antecedência. Para comprar o tour clique aqui.


Iniciamos o tour visitando a Igreja de Santa Maria delle Grazie e seu Refeitório com a Última Ceia, a pintura mural mais famosa do Renascimento. Declarados Patrimônios da Humanidade pela Unesco em 1980, faziam parte de um grande complexo monástico pertencente aos monges dominicanos. O guia nos apresentou essa obra-prima de Leonardo da Vinci, revelando fatos surpreendentes sobre a perspectiva, a composição e a técnica usada pelo artista, bem como a história do local. Cada grupo pode permanecer no refeitório para admirar a obra por apenas 15 minutos.


O duque de Milão Francesco Sforza ordenou a construção de um convento da Ordem Dominicana e uma igreja no local onde se erguia uma pequena capela dedicada a Santa Maria da Graça. O principal arquiteto da obra foi Guiniforte Solari, tendo o convento sido concluído em 1469, enquanto a igreja demorou mais tempo.


Igreja Santa Maria della Grazie - foto: divulgação
Parte do convento - arquivo irmãs pelo mundo

O duque sucessor Ludovico Sforza decidiu que a igreja seria lugar do enterro da família Sforza e reconstruiu o claustro e a abadia, que foram concluídas após 1490. Para decorar o mausoléu da família Sforza, a ordem religiosa dos dominicanos conseguiu que dois dos grandes artistas do momento decorassem seu templo, um deles era Leonardo Da Vinci.


Da Vinci passou três anos de sua vida dedicada a obra, fez uma pesquisa exaustiva, criando uma infinidade de esboços preparatórios. Aqueles que o viram trabalhar afirmaram que seu comportamento era bastante extravagante. Em algumas ocasiões, ele começava a pintar cedo e não parava sequer para comer, enquanto em outros dias só vagava pela cidade em buscas de caras que o inspirassem ou passava várias horas atônito, observando sua criação. Um dado curioso é que, depois de tanto tempo de dedicação à sua obra, Leonardo da Vinci não recebeu nem um centavo e nem se preocupou em cobrar.


A Última Ceia de Leonardo Da Vinci, emocionante - arquivo irmãs pelo mundo

Na técnica tradicional de pinturas de afrescos a tinta é colocada sobre uma parede umedecida. Diferente disso, Leonardo decidiu inovar, e aplicou a tinta numa superfície seca/gesso seco. Porém, a escolha dessa nova técnica resultou numa deterioração mais acelerada da obra. Durante os séculos XVIII e XIX houve algumas tentativas falidas de restauração e conservação.


Durante o transcurso da guerra, as tropas de Napoleão usaram a parede para fazer práticas de tiro e em 1943 os bombardeios conseguiram arrancar o teto do quarto, deixando a pintura à intempérie durante vários anos. Depois de anos de intensa restauração, A Última Ceia de Leonardo recuperou parte do seu esplendor original.


Seguimos para o Castelo Sforzesco, que há contamos a história aqui nesse post. Atualmente a fortaleza abriga inúmeros museus e exposições importantes. No tour apenas visitamos o pátio central, que é aberto ao público.


Entrada do Castelo Sforzesco - arquivo irmãs pelo mundo
Vista aérea do castelo - foto: divulgação
Castelo Sforzesco - arquivo irmãs pelo mundo

Caminhamos pela Via Dante, uma das principais avenidas de Milão, até a Piazza dei Mercandi, local do antigo mercado medieval da cidade. Conserva o ambiente medieval de outros tempos graças às curiosas construções que a rodeiam, já que permanecem praticamente intactas, dentre elas o Palazzo della Ragione, inaugurado em 1233 para abrigar os tribunais da justiça da cidade; Loggia degli Osii, que abrigava os escritórios dos juízes e notários e do seu balcão se anunciavam diferentes assuntos de caráter público, como os casamentos ou sentenças; Palazzo delle Scuole Palatine; Casa dei Panigarola, um belo edifício de estilo gótico onde se transcreviam os decretos ducais, embora hoje em dia seja um restaurante; Palazzo dei Giureconsulti, sede da Câmara de Comércio com um relógio que indicou o horário comercial da cidade durante muitos anos.


Piazza dei Mercandi - foto: divulgação
Caminhando pela Via Dante movimentadíssima - arquivo irmãs pelo mundo

Na Piazza della Scala, que possuiu uma estátua de Leonardo Da Vinci, conhecemos o Teatro La Scala, construído em 1776, e um dos teatros de ópera mais famosos do mundo. Foi construído a mando do arquiduque Fernando de Áustria, após um incêndio destruir o antigo Teatro Ducale. O Teatro della Scala foi o lugar de estreia de importantes óperas ao longo da história, como Otello e Nabucco de Verdi, ou Madame Buterfly, de Giacomo Puccini.


Em 1943, durante a Segunda Guerra Mundial, os bombardeios afetaram gravemente o teatro, que teve que ser reconstruído três anos depois. Em 2002, o teatro voltou a fechar suas portas para renovação e em 2004 foi reinaugurado com a primeira obra que havia sido representada em 1778, L’Europa Riconosciuta de Salieri.


Piazza Della Scala e o Teatro La Scala - foto: divulgação

Continuamos o passeio para conhecer a Galleria Vitorio Emanuelle II e seu teto de vidro. O edifício, construído entre 1865 e 1877, é formado por dois arcos perpendiculares cobertos por uma abóbada de vidro e ferro, um dos lugares mais interessantes da cidade. No octógono central da galeria há um mosaico que mostra o escudo familiar dos Savoia com um “famoso” touro. Segundo a tradição, aquele que dê uma volta completa por cima do touro, com o pé direito e com os olhos fechados, terá sorte. Se você o fizer no dia 31 de dezembro às 24:00 horas, a sorte irá durar o ano novo inteiro!


Galleria Vittorio Emmanuele - foto: divulgação
O famoso touro da sorte - foto: divulgação

Finalizamos o tour na Catedral Duomo! No mapinha abaixo estão sinalizados os pontos turísticos que visitamos e a localização do hotel!



Próximo e penúltimo destino: Verona! Clique aqui para continuar acompanhando essa viagem incrível pela Itália!

 

HISTÓRIA DE MILÃO


A cidade foi fundada por volta de 400 a.C sob o nome de Milàn (do celta Medhlan) pelos ínsubres, um povo celta e posteriormente, foi capturada pelos romanos em 222 a.C. Tornou-se muito bem sucedida sob o controle de Roma, e passou a ser chamada de Mediolano.


Depois de vários séculos de domínio romano, Mediolano foi declarada capital administrativa da parte ocidental do Império Romano pelo imperador Diocleciano em 293 d.C. (lembram da história de divisão do império romano em oriente e ocidente que contamos no post de Roma?) Diocleciano preferiu ficar na parte oriental (capital Nicomédia), e seu colega Maximiano ficou no Ocidente. Maximiano construiu diversos monumentos gigantescos, como um grande circo de 470 m x 85 m, a termas Erculee (Thermae Erculee), um grande complexo de palácios imperiais e vários outros edifícios.


Milão, praça Duomo e a famosa catedral - foto: divulgação

No Édito de Milão de 313 d.C., o imperador Constantino I garantiu a liberdade religiosa para os cristãos e em 402 d.C. a pressão dos bárbaros fez com que Honório III levasse a capital a Ravena. Cinquenta anos mais tarde, em 452 d.C., a cidade foi saqueada pelos hunos e em 539 d.C., os ostrogodos a conquistaram e destruíram, durante a Guerra Gótica. No verão de 569 d.C., os lombardos (donde deriva o nome da região italiana da Lombardia) conquistaram Milão, dominando o pequeno exército romano que estava em sua defesa. Em 774 d.C. Milão se rendeu aos francos, quando Carlos Magno, em uma decisão totalmente incomum na época, assumiu também o título de "rei dos lombardos". A Coroa de Ferro da Lombardia data desse período. Milão se tornou, de Otão I a Napoleão, um lugar de coroação de muitos dos imperadores do Sacro Império Romano Germânico, que desejaram tomar coroa de ferro dos reis lombardos.


A coroa real mais antiga da Europa é a Coroa de Ferro da Lombardia - foto: divulgação

Durante o império carolíngio, de 774 e 962, os árabes controlaram o Mediterrâneo e Milão se beneficiou do crescimento do comércio entre Oriente e Ocidente através do Adriático. Milão voltou a ser de novo a capital da Itália. 962 a 1266 se caracterizou pela luta entre o poder civil e religioso: Milão foi afetada pelas lutas internas entre senhores, cavalheiros e burgueses, os quais se uniram para vencer os “patarinos”, um movimento popular decepcionado pela renúncia do imperador Enrique III à sua política reformista e sua aproximação ao alto clero milanês. De 1000 a 1117, o arcebispo de Milão era a pessoa mais poderosa do norte da Itália.


Em 1162 a cidade foi arrasada por Frederico Barbarossa, que se aproveitou das lutas internas e das lutas contra as províncias limítrofes para impor sua soberania em Milão. Com a ajuda da Liga Lombarda, Milão se rebelou contra o Imperador e, depois da Paz de Costanza, voltou a recuperar seus privilégios. Entretanto as lutas contra Federico I não paralisaram as lutas internas. No século XIII, a família Torriani, guelfos e amigos da burguesia chegaram ao poder impondo-se à família Visconti, gibelinos e chefes da aristocracia.


Os Visconti desbancaram os Torriani quando Mateo I, capitão do povo, se tornou vicário imperial (1311). Em 1317, se tornou o senhor geral de Milão e seu poder se estendeu por todo o norte da Itália. A família Visconti trouxe um período de glória e de riqueza para a cidade e, no espaço de uma geração, todas as cidades circunvizinhas reconheceram o seu governo. Foi sob os Viscontis que começou a construção do Duomo, em 1386 (que depois se tornou o símbolo da cidade) e o Castelo Porta Giovia (hoje Castelo Sforza, destruído e reconstruído por Francesco Sforza). Em 1395 os milaneses foram elevados à condição de ducado e João Galeácio Visconti tornou-se duque de Milão.


Castelo Sforzesco - foto: divulgação

Quando a dinastia Visconti se extingue, em 1447, Milão passa a ser uma República, até que em 1450 outra saga familiar, os Sforza, substitui os Visconti. Naquele ano foi proclamado duque de Milão Francisco Sforza, casado com uma filha do último Visconti, e Milão finalmente conseguiu a paz, depois de muitos anos de guerra contra Veneza e Florença.


O poder da família Sforza coincidiu com o período do Renascimento na Itália, Francesco transformou a cidade em uma metrópole poderosa e Ludovico il Moro (Ludovico Sforza) incentivou o desenvolvimento da agricultura e da indústria de seda. Ele chamou arquitetos, como Donato Bramante e Leonardo da Vinci, para a sua corte, tornando a cidade um dos grandes centros de arte e cultura da Itália.


Ludovico Sforza foi o patrono de muitos artistas, dentre eles Leonardo da Vinci, para o qual encomendou o emblemático retrato de Cecilia Gallerani (ou Dama con l'ermellino), que era sua amante em 1489. - foto: divulgação.

Em 1499, Milão foi conquistada por Luís XII da França, filho do duque de Orleans, que era o legítimo herdeiro do ducado. O domínio francês se manteve, com intermitências, até 1529, ano em que acontece a renúncia francesa ao ducado de Milão e a restituição dos Sforza ao poder até 1535, quando Francisco II morre sem herdeiros e o Ducado se incorpora ao Império Espanhol. De 1540 a 1713, os reis da Espanha foram também os duques de Milão.


A linhagem espanhola dos Habsburgo foi extinta em 1700, e em 1701 começou a Guerra da Sucessão Espanhola com a ocupação de todas as possessões espanholas pelas tropas francesas que apoiavam a reivindicação do nobre francês Filipe de Anjou ao trono espanhol. Em 1706, os franceses foram derrotados nas batalhas de Ramillies e Turim e foram forçados a ceder o norte da Itália aos Habsburgos austríacos.


Teatro La Scala - foto: divulgação

Em 1713, o Tratado de Utrecht confirmou formalmente a soberania da Casa de Habsburgo sobre a maioria das possessões da Espanha na Itália, incluindo a Lombardia e sua capital, Milão. O domínio da dinastia dos Habsburgos trouxe melhorias a Milão, que mudou completamente em todos os campos da sociedade (econômica, pública, cultural, artística, administrativa, científica), após anos de descuido espanhol. A Accademia di Brera foi fundada neste período e o teatro La Scala (onde Giuseppe Verdi teve sua estreia) foi construído em 1778, juntamente com outros edifícios neoclássicos e o Arco della Pace (1807).


Foi graças a esse clima de iluminação, que Napoleão foi recebido com tanto entusiasmo pelos milaneses quando marchou para a cidade em maio de 1796. Muitos otimistas daquela época o viam como um símbolo de reforma espiritual democrática. Milão foi transformada na capital da República Cisalpina, até a queda de Napoleão, em 1814, quando o Congresso de Viena restaurou a Lombardia à Áustria. Porém os austríacos não eram mais aqueles reformadores iluminados de antes, e os milaneses permaneceram em grande parte hostis ao governo, explodindo na revolta Cinque Giornate de 1848 (cinco dias de combates de rua), que fracassou. Durante este período, Milão tornou-se um centro de ópera lírica de Mozart e Verdi.


Arco Della Pace - foto: divulgação

Foi apenas em 1859 que os austríacos foram expulsos da cidade e Milão foi anexada ao Reino de Piemonte, que se tornou o Reino da Itália, dois anos depois. Milão foi escolhida como a capital econômica e cultural da Itália. Para comemorar o seu novo status livre, um grande número de projetos de edifícios grandiosos foi realizado, como a construção da grande Galleria Vittorio Emanuele II, a prisão de San Vittore, o Cimitero Monumentale e o túnel de San Gottardo.


Milão foi o berço do fascismo italiano. Em 22 de março de 1919, incentivado pelo clima tumultuado, criado por várias greves de apoio ao crescimento do socialismo, Mussolini fundou em Milão suas primeiras bases de combate que iniciaram a luta de rua e o acosso à maioria socialista da cidade, o assalto aos jornais operários e a repressão dos comitês das fábricas. Foi neste período que as obras pomposas e exemplos de uma arquitetura inovadora foram construídos: a Estação Central e a Triennale são dois deles. A população não tentou resistir à ditadura, com exceção de alguns operários industriais e intelectuais. Em 1943, se organizou uma greve geral nas fábricas de Milão e foi constituído o Comitê de Libertação Nacional que ajudou a derrubar o regime fascista.


Em 23 de março de 1919, em Milão, em uma sala alugada pelo maçom e industrial judeu Cesare Goldmann, nasceram os “Fasci di Combattimento” - foto: divulgação

Mais tarde, durante a Segunda Guerra Mundial, a cidade foi gravemente afetada pelos bombardeios dos Aliados, e após a ocupação alemã em 1943, Milão tornou-se o principal centro da resistência italiana. Apesar disso, Milão viu um pós-guerra, o crescimento econômico, atraindo milhares de imigrantes do sul da Itália e do exterior. Hoje Milão é um centro industrial, financeiro e comercial da Itália e, junto com Paris, capital da moda e do design mundial.


Canais de Navigli, obra de Leonardo Da Vinci em Milão - foto: divulgação
 

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Sobre Nós

Somos irmãs, residentes da cidade de Cocal do Sul em Santa Catarina e adoramos explorar lugares e ter novas experiências. Já viajamos para mais de 12 países e conhecemos 11 estados brasileiros. Apaixonadas por bons drinks, boa comida e estar com amigos.

 

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