FRANÇA - PARIS: roteiro de 4 dias pela Cidade Luz.
Paris é um dos destinos mais visitados do mundo! Vibrante, charmosa, romântica, divertida e cheia de arte, a bela capital francesa possui uma lista infindável de qualidades e atrações para todos os públicos. Coloque em ação o mais parisiense dos verbos, flanar (caminhar ao acaso), e renda-se aos encantos da Cidade Luz.
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Por Irmãs pelo Mundo, janeiro 2024
Paris é a capital e a mais populosa cidade da França, e desde o século XVII é um dos principais centros de finanças, diplomacia, comércio, moda, ciência e artes da Europa. Sua posição no coração de uma rica região agrícola entre os itinerários comerciais terrestres e fluviais, a tornou uma das principais cidades francesas ao longo do século X, que foi beneficiada com palácios reais, ricas abadias e uma catedral.
A importância econômica e política de Paris foi reforçada quando os Reis de França e a corte fixaram-se na cidade. Assim, Paris se converteu em uma das mais importantes cidades de todo o mundo ocidental, na capital da maior potência política europeia (século XVII), no centro cultural da Europa (século XVIII) e na capital da arte e do lazer (século XIX).
Paris é frequentemente chamada de "cidade das luzes" (La Ville Lumière), tanto por conta de seu papel de liderança durante a Era do Iluminismo quanto mais literalmente porque Paris foi uma das primeiras grandes cidades europeias a usar a iluminação pública a gás em grande escala em seus bulevares e monumentos, a partir de 1829.
A cidade é tão cheia de atrações como museus, monumentos, praças, pontos turísticos, restaurantes, cafés... que para definir o que fazer, precisa pensar com calma e considerar diversas variáveis, principalmente se for sua primeira visita. Neste post colocaremos as dicas e informações para você conseguir programar a sua viagem à Paris e em seguida compartilharemos nosso roteiro.
:: QUANDO IR ::
Não existe época imprópria para viajar. O que vai influenciar na experiência é o clima, que muda muito ao longo do ano, e a época de superlotação das atrações. As chuvas não costumam atrapalhar a vida do turista: há incidência durante todo o ano, mas elas costumam ser passageiras e raramente duram um dia inteiro, a ponto de estragar o passeio. Maio é considerado o mês mais chuvoso.
Se quiser escolher quando ir a Paris pelo clima, vá na primavera (abril a junho) ou no outono (setembro a novembro). A cidade não estará tão cheia, os preços de hospedagem e passagem aérea ainda serão acessíveis. O mês de abril, apesar de já ser primavera, ainda é marcado pelo friozinho do inverno e algumas atrações reabrem. Em outubro, a paisagem dos parques estará linda em tons de ocre.
A alta temporada em Paris é nos meses de verão, especialmente o final de junho, julho e agosto. Os dias são longos e rendem passeios com luz do sol até 22h. Considere que você terá dias bem quentes. A má notícia são os preços muito elevados e a superlotação que atinge diretamente as atrações mais disputadas, com imensas filas ou mesmo ingressos esgotados. Em agosto, por ser as férias dos europeus, alguns restaurantes também permanecem fechados.
Os meses de inverno marcam a baixíssima temporada na capital francesa, onde é possível encontrar valores mais baixos de passagens e hospedagens, com exceção para o período das festas de Natal e Ano Novo, que sempre levam mais turistas à cidade. Quanto mais perto do final do ano, maiores as chances de você encontrar mercados de Natal, que são sempre lindos e garantem ótimos passeios. O lado negativo é o frio e o vento, que podem atrapalhar o passeio ao ar livre, além dos dias serem bem mais curtos.
:: COMO SE LOCOMOVER ::
Paris é relativamente pequena para desbravar caminhando e sem rumo. Não é por acaso que a expressão flanar em Paris (caminhar sem rumo e sem preocupação) é tão utilizada na literatura francesa e internacional. A sua parte histórica, onde se encontram os principais pontos turísticos, museus e monumentos, compreende 4km de norte ao sul e 6km de leste a oeste.
Se não gostar ou não puder caminhar, os meios de transportes públicos são ótimos. Com mais de 300 estações, 200 quilômetros de vias e 14 linhas, o metrô de Paris é o transporte mais eficiente para os turistas e se destaca por levar a praticamente todas as atrações da cidade. Além do metrô, o sistema de trilhos de Paris conta ainda com o RER, um trem que complementa o serviço do metrô e leva a regiões mais distantes do centro da cidade como Aeroporto Charles de Gaulle, Palácio de Versalhes e Disney Paris. Para quem chega pela primeira vez a Paris, vale saber que as linhas de metrô são numeradas de 1 a 14, enquanto as linhas RER são identificadas por letras de A a E. Lembre-se de sempre guardar o bilhete! Ele é a comprovação de que você pagou a passagem e pode ser exigido por fiscais dentro das estações.
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O Rio Sena, além de turístico também é uma via de transporte na cidade. Além do clássico cruzeiro de barco, há também um sistema hop on hop off aquático chamado de Batobus que passa por importantes pontos turísticos. O veículo com cobertura transparente faz 9 paradas ao longo do Rio Sena, em monumentos como Louvre, Praça da Concordia, Torre Eiffel, Notre Dame, Museu d’Orsay e Palácio dos Inválidos. É uma ótima maneira de conhecer Paris por novos ângulos.
:: ONDE SE HOSPEDAR ::
A tarefa de definir um hotel na cidade não é tão simples quanto parece, já que é preciso considerar a melhor relação custo x benefício entre localização e preço. Paris é muito disputada pelos turistas e a oferta de bons hotéis com preços acessíveis é bem restrita. Todos, em todas as faixas de preço, parecem muito caros pelo que oferecem, sendo que na maioria nem o café da manhã está incluído. A dica é garantir a reserva do hotel com o máximo de antecedência e se possível, prefira um hotel próximo a uma estação do metrô com mais de uma linha, assim você terá mais facilidade de deslocamento.
Para entender um pouco mais sobre como funciona a logística da cidade: Paris é subdividida em 20 bairros, chamados arrondissements e cada um deles é classificado por um número, sendo que o 1º é o mais central, crescendo sequencialmente em formato de caracol, até o 20º que é o mais distante. Além de se referir ao bairro pelo número, algumas regiões demarcadas dentro de um ou mais arrondissements têm nomes não oficiais como Marais, St.-Germain, Quartier Latin, Montmartre.
Os arrondissements mais centrais garantem mais passeios a pé e viagens mais curtas e com melhores conexões de metrô; e os arrondissements de números mais altos (de 15 para cima) ocasionam percursos mais longos de metrô.
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No geral, a regra é: quando mais perto do Louvre (1º arrondissement), mais caro será o hotel e quando mais longe (e mais alto o número do arrondissement), maior a chance de encontrar melhores preços. As tarifas mais amigáveis podem ser encontradas nos meses mais frios (novembro a abril, exceto natal) e nos meses de verão, na alta temporada, atingem o valor máximo. Mesmo com muita pesquisa, reserva antecipada na baixa temporada, dificilmente um hotel razoável, com avaliação mediana e boa localização, custará menos de 120 € a diária para o casal. Ao fazer um orçamento considere a tarifa de 150 € para uma diária em quarto duplo simples (íbis por 125€), 200 € para um hotel de padrão superior, um pouco mais de conforto, café da manhã e boa localização e 300 € para uma bela vista.
Hotéis ruins e mal preservados são uma realidade e uma constante na cidade, já que Paris é uma cidade de edifícios antigos. É raro encontrar um hotel com valores acessíveis e notas acima de 8 no Booking. Tome 7 como a nota base e aceitável para os padrões parisienses e evite hotéis com notas abaixo deste padrão. Leia com atenção, considere os comentário e avaliações de antigos hóspedes e acesse a página no Instagram (ajuda muito).
Outra questão é o café da manhã: a maioria dos hotéis possui valores bem (muitas vezes bemmmm) diferenciados nas tarifas com e sem café da manhã. Então na hora de escolher o hotel, vale fazer um cálculo básico para saber se vale pagar ou não pelo café da manhã. Paris é uma cidade repleta de padarias, mercados e cafés, então não ter café da manhã não será um problema. Para valores, considere que um café simples chamado de petit déjeuner (uma bebida quente, croissant ou pão, geleia, manteiga e um suco de laranja) custa, em média, 10€ por pessoa. Nos mercados e padarias (boulangeries), você consegue lanches por 5€ e um café por 2€.
Agora deixamos um resumo dos bairros para que você consiga ter uma noção de localização. (Sim é bastante texto, mas conseguir entender a localização e a logística da cidade vão melhorar a sua experiência 😉)
1º arrondissement (Louvre): É a localização mais central. Uma região segura, muito movimentada e que possibilita circular a pé por muitas atrações (está a 3,5km da Torre Eiffel). Nos arredores do Louvre há boas linhas de metrô, garantindo deslocamento rápido a diversos pontos da cidade. A grande desvantagem são os valores astronômicos de hospedagem. O 2º arrondissement fica grudadinho, porém é menos turístico. Principais atrações: Louvre, Jardim de Tuileries, Palais Royal, Rue Saint Honoré, Museu da Orangerie e Place Vendôme.
3º e 4º arrondissements (Marais e arredores): É uma área relativamente tranquila, com museus, lojas, restaurantes, ruas charmosas, parques e um clima bem parisiense. Tem acesso a diversas linhas de metrô e o custo dos hotéis pode ser um pouco alto (5,5km da Torre Eiffel e 1,7km do Louvre). Principais atrações: Catedral de Notre Dame, Pompidou, Ile Saint-Louis, Ile de la Cité, Hotel de Ville, Rue des Rosiers, Quarteirão Judeu, Museu Picasso, Museu Carnavalet e Place des Vosges.
5º arrondissement (Quatier Latin): É o bairro mais antigo de Paris localizado na margem esquerda do Sena (rive gauche). Este emaranhado de ruelas contíguo à île de la Cité é marcado pela presença do Panteão e da Universidade Sorbonne. Nesta região você encontrará hoteizinhos e restaurantes baratos, boas lojas, muitas livrarias, restaurantes, vida noturna animada e ainda um parque delicioso. É uma boa pedida para hospedagem em Paris. Principais atrações do Quatier Latin: Panteão, Sorbonne, Jardim das Plantas de Paris, Igreja de Saint-Étienne-du-Mont, Museu de Cluny e Livraria Shakespeare and Company.
6º arrondissement (Saint German des Près): Assim como o Quatier Latin, fica localizado na margem esquerda do Sena (rive gauche). Está entre as melhores áreas para hospedagem em Paris, tanto por ser um bairro muito agradável quanto pela boa localização, com deslocamento rápido de metrô e também a pé para diversas atrações (850m do Louvre e 3,2km da Torre Eiffel). É bastante boêmia, com bares, restaurantes e uma vida noturna muito animada. Principais atrações: Jardim de Luxemburgo, Igreja de Saint-Sulpice, Abadia de Saint-Germain-des-Prés, Museu Delacroix e Café de Flore.
7º arrondissement (Torre Eiffel ao Museu d’Orsay): É uma das regiões mais turísticas de Paris, com uma das maiores concentrações de hotéis. Porém, apesar de ser uma ótima opção de hospedagem, a escolha do hotel exige atenção. Procure ficar perto do Museu Rodin, assim você estará bem no centro. Se quiser um clima parisiense mais autêntico, procure outros bairros. Principais atrações: Torre Eiffel, Champ de Mars, École Militaire, Museu d’Orsay, Museu do Quai Branly, Museu de l’Armée, Hotel des Invalides, Museu Rodin, Rue Cler e Avenue Rapp.
8º arrondissement (Arco do Triunfo e Avenida Champs Élysées): Uma das regiões mais elegantes e refinadas de Paris, ideal para quem busca luxo, compras e um ar très chic. Os arredores da Champs Élysées são a melhor localização para hospedagem, já que o restante do bairro não oferece atrações turísticas. Principais atrações: Arco do Triunfo, Avenida Champs Élysées, Petit Palais, Grand Palais, La Galerie Dior, Hotel de la Marine e Praça da Concordia.
9º arrondissement (Ópera Garnier e Galerias Laffayet): A região oferece opções de hospedagem mais em conta com uma boa localização (fica coladinho ao 1, 2 e 8 arrondissement). Apesar de não estar entre os bairros mais bonitos e tranquilos, tem boas linhas de metrô e muita oferta de comércio e restaurantes. Caso opte pela região, dê preferência à região sul, próxima ao metrô estação Ópera, que conta com 3 linhas e ainda o RER A. Principais atrações: Ópera Garnier, Boulevard Haussmann (rua de compras), Galerias Lafayette Haussmann e Printemps Haussmann.
10º e 11º arrondissements (Canal Saint-Martin, Bastille e República): Segue ao longo do Canal Saint-Martin e é uma área com hotéis a preços mais camaradas e boas estações de metrô, ideal para não perder tempo demais em deslocamento. Fica a 6,2km da Torre Eiffel e 2,4km do Louvre. Principais atrações: Canal Saint-Martin, Gare du Nord, Gare de l’Est, Praça da Bastilha, Praça da República, Praça da Nação e L'Atelier des Lumières.
14º arrondissement (Montparnasse): Apesar de ser um pouco distante, neste local é possível economizar com a hospedagem, compensando o tempo de deslocamento. Dê preferência aos hotéis na fronteira com Jardim de Luxemburgo e a Torre de Montparnass, e nos arredores da estação de Montparnasse, que oferece 4 linhas de metrô (4, 6, 12 e 13) e também trens. Fica a 2,5km do Louvre e 3,5 km da Torre Eiffel). Principais atrações: Torre de Montparnasse, Catacumbas de Paris.
15º arrondissement (Torre Eiffel até a Torre de Montparnasse): É um bairro enorme e vai desde a Torre de Montparnasse até os arredores da Torre Eiffel (mais de 3,2km). Então fique atento na hora de escolher o seu hotel. Se o seu desejo é ficar próximo à Torre Eiffel, procure hotéis na fronteira com o 7º e próximos à estação La Motte - Picquet Grenelle, que oferece três boas linhas do metrô (6, 8 e 10) e dá acesso a pé à Torre Eiffel em apenas 15 minutos de caminhada. Também vale conferir os arredores da Torre de Montparnasse, priorizando os hotéis próximos à estação de Montparnasse, que oferece 4 linhas de metrô (4, 6, 12 e 13) e também trens. Principais atrações: Torre Eiffel, Rio Sena, Pont de Bir Hakeim e Torre de Montparnasse.
16º arrondissement (Trocadéro): Mais um bairro enorme com apenas uma pequena região interessante para hospedagem: o Jardim do Trocadero com vista para a Torre Eiffel. A desvantagem da região é ser mal servida de metrôs, então dê preferência a hotéis nos arredores da estação Trocadero (linhas 6 e 9). Outra opção é a região do Arco do Triunfo (fronteira com o 8º ème), com acesso à estação Charles de Gaulle – Étoile, com as linhas 1, 2 e 6 do metrô, além do RER A. Principais atrações: Jardim do Trocadéro, Palais de Tokyo, Museu de Arte Moderna da Cidade de Paris, Museu Galliera, Arco do Triunfo, Fundação Louis Vuitton, Jardim d’Acclimatation e o Parque Bois de Boulogne.
Caso você opte por ficar em outras regiões pontue essas questões: distância dos principais pontos turísticos e principalmente oferta de linhas de metrô. Evite as regiões próximas aos portões de Paris, como Porte de Clichy, Porte de La Gare, Porte de La Villette, Porte de Montmartre, Porte de Vicennes etc, pois são quase sempre localizações ruins. Também evite as regiões das estações de trem, chamadas gares, pois são mais conturbadas.
Ficamos hospedados no :: HOTEL BALMORAL PARIS :: a poucos passos do Arco do Triunfo. A localização foi excelente, próximo ao metrô, o que facilitou a nossa movimentação pela cidade. O quarto possui tamanho ok, banheiro é grande, cama confortável, frigobar, cafeteira e no valor da diária estava incluído o café da manhã, que era bem servido. Clique aqui para reservar.
:: NOSSO ROTEIRO ::
A lista é interminável do que visitar em Paris! Em uma primeira viagem é bom ser realista e priorizar as principais atrações da Cidade Luz, programando um roteiro a partir delas (clichê faz parte). Localize os pontos turísticos, monumentos, museus e locais que deseja conhecer e ao planejar o cada dia de viagem, setorize por área da cidade, dessa forma você não perde tempo nos deslocamentos. Cada arrondissement tem vida própria e estilos muito diferentes, e via de regra a maior parte das atrações está localizada entre o 1º e 10º.
:: DIA 01 ::
Pousamos as 8:30h no aeroporto de Orly em Paris, e logo que chegamos já fomos conhecer alguns dos icônicos pontos turísticos da cidade próximos ao nosso hotel. Havíamos agendado um free tour nesta mesma região porém foi cancelado (caso queira clique aqui para agendar, o roteiro é bem legal).
As atrações que separamos para este primeiro dia estão localizadas no 15º arrondissement (Torre Eiffel), 16º arrondissement (Trocadéro) e 8º arrondissement (Arco do Triunfo e Avenida Champs Élysées).
:: TORRE EIFFEL
Símbolo máximo da França e da Cidade Luz. Construída de 1887 a 1889 como a peça central da Exposição Universal de 1889, foi a primeira estrutura do mundo a ultrapassar a marca dos 200 e 300m de altura: são aproximadamente 330m. Tem o nome do engenheiro Gustave Eiffel, cuja empresa projetou e construiu a torre.
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Apesar de equivaler a um prédio de 100 andares, a Torre Eiffel tem somente 3 andares distribuídos ao longo de sua altura. A Esplanada, área embaixo da Torre Eiffel apesar de ser cercada, tem acesso gratuito e aberto a todos, porém é preciso enfrentar a fila para passar pelo controle de segurança. O 1º andar da torre fica a quase 58m de altura, em 4.200m² de área e comporta até 2.500 pessoas de uma vez. O 2º andar fica a 115m e caso você resolva subir pela escada, são 674 degraus equivale a, mais ou menos, 40 andares. A área total é de 1.650m², comportando até 1.600 pessoas de uma vez. O 3º andar fica a 276m de altura, com área total de 350m², comportando até 400 pessoas.
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A Dama de Ferro é fascinante, porém por ser o mais famoso ponto turístico de Paris (e do mundo!), a visita é um pouco complicada com filas longas, controle de segurança demorado e ingressos antecipados que se esgotam rapidamente. Há filas diferentes para quem não tem ingresso; para quem já tem ingresso (seja para o 2º andar ou para o topo) e para quem tem reserva para um dos restaurantes da Torre. Todas as noites a torre é iluminada e, a cada hora, ganha brilhos ainda mais especiais. O espetáculo das luzes piscando na Torre Eiffel é gratuito (é claro) e começa sempre na primeira hora cheia após o anoitecer.
Só é possível comprar ingressos da Torre Eiffel com antecedência e pelo preço oficial no site do monumento. Eles são colocados à venda com cerca de 2 meses de antecedência. Há vários tipos de ingressos e várias formar de subir na Torre Eiffel, mas independentemente do tipo de ingresso que você comprar, você poderá ficar na Torre Eiffel o tempo que quiser.
:: CHAMP DE MARS OU CAMPO DE MARTE
Um dos melhores lugares de Paris para quem deseja apreciar a Torre Eiffel. No século XVIII era usado como centro de treinamento para o exército francês, sendo o nome Champ de Mars uma homenagem a Marte, o deus da guerra. Após a construção da Torre Eiffel, em 1889, a área do Champ de Mars foi cedida pelo exército à cidade de Paris, que o transformou em um grande parque público com 24,5 hectares. Não deixe de visitar a École Militaire que fica em uma das pontas.
:: TROCADERO
Também conhecido como Jardim do Trocadero ou Praça do Trocadero, o lugar é destino certo de quem deseja ter a vista perfeita para a Torre Eiffel. Construído, em grande parte, para a Exposição Universal de 1937, o Trocadero é um espaço de 93 mil m² onde estão localizados diversos atrativos. Por ser um dos lugares mais movimentados de Paris fique muito atento à bolsa, celular e outros pertences de valor. Batedores de carteira e furtos são frequentes. Não vacile. Dica de onde comer:Cafeteria Carette Paris.
:: ARCO DO TRIUNFO
Construído no século XIX, a pedido de Napoleão Bonaparte, o Arco do Triunfo está localizado no final da Champs-Elysées. É uma obra de 50m de altura, por 45m de largura e 22m de profundidade, dedicado a todos aqueles que lutaram e morreram para a França, tanto na Revolução Francesa, quanto nas guerras napoleônicas.
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O Arco do Triunfo guarda a história dos feitos militares da história da França, onde inscritos em suas superfícies internas e externas estão os nomes de todas as vitórias e generais; e também serve de casa para o túmulo do soldado desconhecido, que fica sob o Arco, que nada mais é do que uma chama acesa continuamente em homenagem aos mortos que nunca foram identificados durante todas as guerras que os franceses participaram.
Visto de baixo, o Arco do Triunfo é belíssimo, mas é do alto do mirante que você terá uma das mais melhores vistas panorâmicas de Paris. O único porém: a subida é feita pelas escadas, e são 284 degraus em caracol.
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:: CHAMPS ELYSÉES
A avenida mais famosa de Paris que vai desde o Arco do Triunfo até o Museu do Louvre e conta com centenas de lojas e restaurantes famosos. Durante o Natal ela fica toda decorada e iluminada, sendo uma ótima sugestão para quem viaja nesta ocasião. Além das lojas de grife sem fim, na Champs está o lugar em Paris que faz os melhores macarons do mundo: a patisserie Ladurée. Macarons é um doce conhecido da culinária francesa que consiste em um pequeno biscoitinho crocante por fora, cremoso por dentro e multicolorido.
O Free Tour que agendamos também passava por estes locais:
:: PRAÇA DA CONCÓRDIA
A Praça da Concórdia (Place de la Concorde) é considerada a segunda maior praça da França. Construída em meados do século XVIII e chamada inicialmente de Praça Luís XV, em homenagem ao rei da França, é marcada pela presença do obelisco egípcio, fontes exuberantes, diversas estátuas e lustres luxuosos, além dos elegantes edifícios. O grande obelisco de Luxor, com mais de 3000 anos, foi um presente do Egito à França em agradecimento ao pesquisador Jean-François Champollion, responsável por decifrar os hieróglifos egípcios. O obelisco marcava a entrada do Palácio de Ramessés II, em Tebas (atual Luxor) e adorna o centro da Praça da Concordia desde 1836.
Além das atrações, a praça é famosa pelos eventos históricos que sediou, entre eles a execução na guilhotina do Rei Luís XVI, de Maria Antonieta e outros membros da monarquia francesa. Foram mais de 1200 execuções realizadas no local.
:: PONTE ALEXANDER III
Construída em 1900, foi um presente do tsar da Rússia Alexandre III aos franceses. Considerada a ponte mais extravagante de Paris, é inteiramente ornamentada com esculturas de cavalos alados revestidas com folhas de ouro e querubins.
:: PALÁCIO DOS INVÁLIDOS
Onde está o túmulo de Napoleão. Também conhecido como Museu das Forças Armas, esse grandioso espaço faz um resgate de momentos importantes para as disputas militares francesas ao longo da história.
:: MUSEU D’ORSAY
Um museu localizado onde antigamente funcionava uma estação de trem, repleto de obras de arte de nomes como Claude Monet, Pierre-Auguste Renoir, Vincent Van Gogh, Paul Gauguin, Eugène Delacroix, Edgar Degas, Camille Pissarro, Paul Cézanne, Henri de Toulouse-Lautrec, entre outros.
:: DIA 02 ::
No segundo dia visitamos o centro histórico de Paris e agendamos 2 free tours pela civitatis para conhecer a região. O primeiro free tour, percorreu o 5º arrondissement (Quatier Latin) e 6º arrondissement (Saint German des Près) (clique aqui para reservar); e o segundo free tour, 1º arrondissement (Louvre), 3º e 4º arrondissements (Marais e arredores) (clique aqui para reservar).
:: QUARTIER LATIN E SAINT- GERMAN-DES-PRÈS
A região de Saint-German-des-Près se desenvolveu ao redor da abadia de Saint Germain de Prés, consagrada em 558, e se estende das margens do Sena até o Jardim Luxemburgo. Coladinho está o Quartier Latin, repleta de lindos cafés, ruas animadas e atrações imperdíveis, que vale a visita tanto de dia quanto à noite, já que o movimento nunca para por lá.
O Quartier Latin deve seu nome à Época Medieval, quando os habitantes da zona eram estudantes que utilizavam o latim para se comunicar. Desde a Idade Média, os estudantes do Bairro Latino tiveram uma grande influência sobre a França, e durante os séculos XIX e XX promoveram movimentos estudantis de grande transcendência política. O Quartier Latin foi um dos centros da Revolução de Maio de 68.
Na região, aproveite os cafés e restaurantes da Rue de Buci e de La Montagne Geneviève e não dispense uma parada nos cafés Les Deux Magots e Flore e na brasserie Lipp. Também vale experimentar os doces da confeitaria Odette (chamado choux à la crème, é um docinho redondo com a mesma massa da bomba que comemos aqui no Brasil e recheado com creme em diversos sabores) e dar uma passadinha na simpática livraria Shakespeare and Company.
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Começamos o free tour (clique aqui para reservar) pela FONTE SAINT-MICHEL. A Fontaine de Saint Michel é a maior e talvez a mais conhecida fonte de Paris e um dos principais monumentos de Saint Germain. Foi parte do grande projeto para a reconstrução de Paris supervisionado pelo Barão Haussmann durante o Segundo Império Francês e trata-se de uma alegoria do arcanjo Michel apresentado como um guerreiro, rodeado por 4 estátuas de bronze, que representam as virtudes da força, prudência, justiça e esperança. Na França, o guerreiro Michel é o protetor dos soldados, dos policiais e dos radiologistas.
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Seguimos até a IGREJA DE SAINT-SÉVERIN, uma igreja católica romana localizada na rua turística Rue Saint-Séverin. Foi construída no início de 1230 e, depois de um incêndio, foi reconstruída e ampliada entre os séculos XV e XVII no estilo gótico extravagante. Era a igreja paroquial dos estudantes da Universidade de Paris e é uma das igrejas mais antigas que permanecem em pé em Rive Gauche. Recebeu seu nome de São Severino de Paris, um devoto eremita que viveu no local no século VI e morreu por volta de 540.
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Visitamos o PANTEÃO DE PARIS, uma obra imponente dedicada a grandes nomes da história da França. O monumento neoclássico, construído no monte de Santa Genoveva, com 110m de altura e 84m de largura, é marcado por uma cúpula tripla e cercado por grandes colunas. No interior, você encontrará salões imensos, um belo mirante a ainda a cripta, onde estão enterrados nomes como Alexandre Dumas (1802 – 1870), escritor e autor de “Os Três Mosqueteiros” e “O Conde de Monte Cristo”; Jean-Jacques Rousseau (1712 – 1778), filósofo, escritor e teórico político; Victor Hugo (1802 – 1885), escritor e autor de “Os Miseráveis”; e Voltaire (1694 – 1778), um dos mais importantes filósofos do Iluminismo. No espaço do Panteão está também em exposição o famoso Pêndulo de Foucault, experiência que comprovou a rotação da Terra.
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Encerramos o tour no JARDIM DE LUXEMBURGO, localizado em meio às regiões do Quartier Latin e Saint-Germain-des-Prés, e ocupando uma área de 23 hectares. Criado no século XVII a pedido da rainha Maria de Médici, é marcado pela presença do imponente Palácio de Luxemburgo (também construído a pedido de Maria de Médici e onde hoje funcionado o Senado Francês). As estátuas e esculturas que decoram o parque datam do século XIX e a belíssima Fontana de Medici (fonte no estilo barroco) data do século XVIII,
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:: CENTRO HISTÓRICO
Começamos o segundo tour do dia no MARAIS (clique aqui para reservar). Localizado na margem direita do Sena, o Marais é uma das regiões mais charmosas de Paris repleta de atrações, museus, parques, cafés e ruas. Em um passeio pelo Marais, não deixe de conferir: Museu Pompidou, o Museu Nacional Picasso e também o Museu Carnavalet, que conta a história de Paris, a Rua des Rosiers, com cafés deliciosos e lojinhas; a Rua des Barres, uma das mais antigas da cidade; a Praça des Voges, perfeita para um piquenique; o Hôtel de Ville, onde funciona a Prefeitura de Paris; e a Praça da Torre Saint-Jacques, na elegante Rue de Rivoli.
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Seguimos até a Ile de la Cité, para visitarmos as vizinhas SAINTE-CHAPELLE e CATEDRAL DE NOTRE-DAME, duas das mais incríveis igrejas de Paris. A Sainte-Chapelle foi construída em meados do século XIII, pelo Rei Luís IX (posteriormente proclamado São Luis), para ser capela do Palácio Real. É marcada por lindos vitrais que contam a história do Antigo e Novo Testamento e além da beleza, abrigou relíquias da Paixão de Cristo, entre elas a coroa de espinhos e um pedaço da Santa Cruz, posteriormente transferidas para a Catedral de Notre-Dame. O material, adquirido do imperador de Constantinopla por Luís IX, custou três vezes o valor da construção da igreja.
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A Catedral de Notre-Dame foi construída entre 1163 e 1345 e é o Marco Zero de Paris. Foi palco de acontecimentos importantes, como a coroação de Napoleão, e é considerada o melhor exemplo da arquitetura gótica francesa no mundo. Famosa pela obra o “O Corcunda de Notre-Dame”, do escritor Victor Hugo, a catedral foi palco de diversos eventos históricos, entre eles a beatificação de Joana D’Arc (em 1909) e as coroações de Henrique VI (em 1431) e Napoleão Bonaparte (em 1804). Infelizmente, a história recente conta um evento trágico: em 2019, a Catedral de Notre-Dame foi atingida por um incêndio de grandes proporções que destruiu parte da edificação, incluindo a torre principal.
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A Rue de la Huchette fica bem próxima às catedrais e é uma das ruas mais movimentadas do centro de Paris. São apenas dois quarteirões de extensão, somente para pedestres, cheios de bons restaurantes, bares, creperias (um dos pratos mais conhecidos da França) e muito mais. Uma curiosidade sobre o local é que nela fica localizado o Théâtre de la Huchette, inaugurado logo após a Segunda Guerra Mundial e que, desde sua inauguração, manteve sempre as mesmas peças em cartaz.
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Atravessamos o rio Sena pela PONT DES ARTS, e chegamos no Pátio central do Palácio do Louvre, onde terminamos o tour.
:: DIA 03 ::
Em nosso terceiro dia em Paris, visitamos o Palácio de Versalhes, que merece um post completinho sobre ele. Clique aqui para ler.
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:: DIA 04 ::
Nosso último dia em Paris. Separamos a manhã para visitarmos o Museu do Louvre e a tarde agendamos um free tour pelo bairro Montmartre (clique aqui para reservar).
:: LOUVRE
O Museu do Louvre foi o maior palácio real da França e atualmente é o maior museu de arte do mundo contendo uma das melhores e maiores coleções de arte e antiguidades que cobrem desde o Egito Antigo (2.800 AC) até cerca de 1850. São 35 mil peças em exposição dispostas em mais de 400 salas.
Sua origem remonta à década de 1190 quando Philippe Auguste decidiu proteger Paris erguendo um muro fortificado. A junção da fortificação com o rio Sena, tornou-se um ponto fraco, portanto, foi essencial construir um castelo ali para proteção. A origem do nome segundo alguns historiadores derivou da palavra latina Lupara, do termo lupus, lobo, ou da palavra franca leovar ou leower, que significa lugar fortificado.
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Com o passar dos anos, a construção perdeu a sua função protetora para se tornar a residência dos reis da França. Em 1528, o rei François I declarou oficialmente o Louvre como sua residência principal. Mais tarde, o local tornou-se oficialmente um museu, em agosto de 1793, com uma exposição de 537 pinturas.
Na Revolução Francesa, uma parte do antigo palácio dos reis transformou-se em um museu aberto gratuitamente a todos. Depois Napoleão enriqueceu consideravelmente as coleções saqueando as obras dos territórios invadidos pelo Grande Exército. Assim como seus sucessores, que enriqueceram ainda mais as coleções do Museu do Louvre por meio de várias aquisições.
É impossível conhecer tudo, então foque em curtir as obras mais importantes o que já tomará bem mais que algumas horas. É importante reservar o ingresso com antecedência e tentar o primeiro horário disponível no dia. Compre pelo site oficial. O áudio-guia não vale a pena.
O Louvre possui várias entradas, sendo as mais conhecidas:
Pirâmide: entrada principal do museu e está localizada no nível -1;
Carrousel du Louvre: shopping que fica no andar -2. Aqui está a bilheteria, café, banheiros, guarda-volumes e algumas exibições. Caso você vier pelo metrô até a estação Palais Royal/Museé do Louvre (Linha 1 e 7), vai sair nessa entrada
Rue de Rivoli: entrada lateral
Porta dos Leões: entrada lateral
A construção possuiu o :: PAVILHÃO DO RELÓGIO :: que é o coração do museu, onde as primeiras pedras foram colocadas e a partir dele as outras alas foram criadas; e :: 3 ALAS: RICHELIEU, DENON E SULLY ::. O quadrado do fundo é o Sully, de um lado o Denon e do outro o Richelieu.
Todas as 3 alas possuem 4 andares -1,0,1 (o mais visitado) e 2. As alas podem ser acessadas tanto por escadas quanto por elevadores. Estando no hall principal no nível -1, você verá uma placa indicativa e uma escada rolante de acesso para cada uma delas. No Andar 0 e Andar 1, você consegue visitar todas as alas, sem precisar trocar de andar.
Pegue o mapa na bilheteria, e veja a localização das principais obras, elevadores e escadas, para conseguir traçar e otimizar o roteiro. Você também pode baixar antes o mapa no site do Louvre para estudar e se localizar. Note que algumas salas podem estar fechadas no dia da sua visita.
Andar -1: antiguidades egípcias, gregas, europeias e as fundações do Louvre. Não há conexão entre as alas, não dá para contornar este andar inteiro sem fazer uso das escadas.
Andar 0: todo conectado, você consegue visitar todas as alas, sem precisar trocar de nível, apreciando as antiguidades romanas, etruscas, gregas e egípcias.
Andar 1: é o mais visitado do museu, onde estão as pinturas italianas, espanholas, britânica, incluindo a Mona Lisa. Este andar é conectado, você pode dar a volta nele.
Andar 2: estão abertas para visitação a Ala Richelieu e Sully com pinturas francesas de 1350 a 1850.
:: JARDIM DAS TULHEIRAS
Bem em frente ao Louvre está o Jardim das Tulherias construído em meados do século XVI, com o Palácio das Tulherias, a pedido de Catarina de Médice. O Tulherias tem 23 hectares e é considerado por muitos o mais bonito jardim de Paris. Recebeu este nome por ocupar uma área onde existia uma fábrica de telhas (tuileries). Durante muitos anos foi dedicado à corte real francesa, com a realização de grandes eventos e festas, porém após a transferência da realeza para o Palácio de Versalhes, o espaço foi abandonado. Durante o século XIX, na Comuna de Paris, o palácio que existia no local foi destruído.
Além dos jardins à francesa, seu lindo carrossel e sua linda vista para a Torre Eiffel e o rio Sena, o Tulherias conta com o Museu da Orangerie, um dos mais charmosos museus de Paris. Na Orangerie estão expostas as famosas telas da séria Ninféias, de Claude Monet, além de diversas outras telas de pintores impressionistas.
:: JARDIM DO PALAIS ROYAL
Fica ao lado do Museu do Louvre, é um antigo palácio que serviu de moradia à família real em diferentes momentos da história. A entrada fica um pouco escondida, ao lado da Comédie Française.
O Free Tour que agendamos na parte da tarde, percorria o bairro de Montmartre. Clique aqui para reservar.
:: MONTMARTRE
Situado em uma colina de 130 metros de altura, Montmartre é um dos bairros mais encantadores e peculiares de Paris. Na Idade Média tornou-se um lugar de peregrinação e foi um povoado independente até 1860, quando se tornou o distrito XVIII de Paris. Deve seu nome, provavelmente, aos inúmeros mártires cristãos que foram torturados e mortos no local por volta do ano 250. Segundo a tradição, por não renegar Jesus Cristo, São Dionísio e os dois discípulos foram levados para o alto de uma colina onde foram martirizados. O bispo Dionísio caminhou seis quilômetros, carregando a sua cabeça e pregando um sermão sobre o arrependimento, até chegar ao lugar onde foi enterrado. Por causa do fato que marcou a cidade, esta colina passou a ser chamada de “Colina do Mártir”, em francês, Montmartre.
No final do século XIX, o bairro adquiriu uma péssima fama devido aos cabarés e bordeis que se instalaram na zona, porém diferentes artistas o consideravam um bairro encantador e decidiram mudar para lá, transformando Montmartre no lugar maravilhoso ficando conhecido também como o “bairro dos pintores”. Passaram por aqui artistas como Monet, Van Gogh, Cézanne, Degas, Picasso e Dalí.
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Montmartre abrange antigos cabarés até os arredores da Basílica de Sacré Coeur, é repleta de restaurantes e possuiu ambiente boêmio e artístico. Iniciamos o tour na saída do metrô. Nas proximidades da Place Pogalle reinam as luzes de neon dos cabarés, teatros, casas noturnas, bares e sexy shop. Destaque para o histórico MOULIN ROUGE, cabaret mais famoso do mundo onde rolam apresentações.
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Depois de subir uma longa escada de 197 degraus, ou então utilizando o funicular, se chega à área mais boêmia de Montmartre, a Place du Tertre, localizada na parte mais alta da colina. Trata-se de uma das zonas mais agradáveis do bairro, tanto para jantar como para desfrutar das obras de arte dos pintores que se espalham pela região. Caminhando pelas ruas inclinadas você chegará à Basílica de Sacré Coeur.
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:: BASÍLICA DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS
A Basilique du Sacré-Coeur de Montmartre, também conhecida como Sacré-Coeur, é uma das mais famosas igrejas católicas do mundo. Construída em 1875, conta com um domo a 83 metros de altura e foi construída com pedra travertino, que contém a calcita – o que impede a pedra de descolorir. O teto é dominado pelo belíssimo mosaico intitulado “Cristo Rei”. Se você estiver com tempo e der sorte, não perca a missa. Mesmo se você não for católico, ela é linda e cheia de cantos. Aproveite que você está na parte mais alta de Paris e aprecie as vistas sobre a cidade.
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Outros locais para visitar em Paris:
:: ÓPERA GARNIER
Construído em meados do século XIX, a pedido de Napoleão III, o Palácio Garnier tem instalações luxuosas e é a mais famosa ópera do mundo. Inclui elementos do barroco, classicismo de Palladio e arquiteturas renascentistas. Uma imensa escadaria dupla do salão de entrada, com 30 metros de altura, afrescos e esculturas por toda parte, sala do Grand Foyer; sala de espetáculo, com teto pintado pelo artista Marc Chagall, fazem dela um espaço ainda mais memorável. O local inclusive inspirou o escritor Gaston Leroux em seu célebre livro “O Fantasma da Ópera”. Ao lado da ópera experimente o Amorino Gelato, uma das melhores sorveterias e não deixe de conferir o belíssimo Starbucks Opera.
:: GALERIES LAFAYETTE
Um dos principais destinos de compras em Paris, as Galeries Lafayette valem a visita independente se você ter a intenção de encher algumas sacolas. O edifício onde funciona a loja de departamento é incrível também pela belíssima arquitetura, pelo vitral hipnotizante e pelo famoso mirante no topo, com acesso gratuito e linda vista de Paris. Na visita, você poderá ainda aproveitar os diversos restaurantes.
:: MUSEUS
A capital da França é um banho de cultura e história, onde dezenas de museus e espaços culturais estão à disposição dos turistas. Os acervos são variados e capazes de agradar a todo estilo de viajante. Entre os museus imperdíveis de Paris, vale conferir o Museu Rodin, com obras de Auguste Rodin dispostas em um belíssimo jardim; o Pompidou, com acervo de arte moderna e contemporânea; o surpreendente Museu do Quai Branly, com acervo dedicado a obras da Oceania, África, Ásia e América; o Museu da Orangerie, com as ninféias de Monet; e ainda o Museu Nacional Picasso, dedicado ao pintor espanhol.
Esperamos que tenham gostado das dicas e informações! Continue o nosso roteiro pela Europa clicando aqui! Vamos para Estrasburgo, a capital do Natal!
Beijos
Paula e Gabe
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[ Parte 1 PARIS ]
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::: Leia um breve resumo sobre a HISTÓRIA DE PARIS. Adoramos conhecer o contexto histórico dos locais que visitamos!
Paris deve seu nome aos Parísios, um povo gaulês que se estabeleceu em uma ilha do Sena (Île de la Cité), e que caiu sob o poder do Imperador Romano César em 52 a.C. Os romanos rebatizaram a região como "Lutécia dos Parísios" (em latim: Lutetia Parisiorum), até que no século IV a cidade mudou seu nome para Paris. A cidade, que já era uma das principais rotas comerciais, tornou-se ainda mais próspera com um fórum, termas, templos, teatros e um anfiteatro.
O cristianismo foi introduzido em meados do século III por São Dionísio, o primeiro bispo de Paris. Segundo a lenda, quando Dionísio se recusou a renunciar à sua fé diante dos ocupantes romanos, foi decapitado na colina que ficou conhecida como Monte do Martírio (Mons Martyrum), mais tarde Montmartre, de onde andou sem sua cabeça para o norte da cidade; o local onde caiu e foi enterrado se tornou um importante santuário religioso, a Basílica de São Dionísio, onde muitos reis franceses estão enterrados.
Segundo contam, em 451, Paris resistiu à invasão de Átila por intervenção de Santa Genoveva, que passou a ser a padroeira da cidade. Em 508, Clóvis, rei dos francos e primeiro da Dinastia merovíngia, instalou em Paris a capital do seu reinado e quando o domínio franco da Gália começou, houve uma imigração gradual dos francos para Paris. Séculos mais tarde, por uma defesa bem-sucedida no cerco de Paris (885-86), o então conde de Paris, Eudo de França, foi eleito rei da Frância Ocidental.
Em 987, iniciou a dinastia capetiana que perduraria até 1328 e com a eleição de Hugo Capeto, conde de Paris e duque dos francos, como rei de uma Frância unificada, Paris gradualmente se tornou a maior e mais próspera cidade da França. A cidade ganhou importância ao longo do século XI, entre outros motivos, graças ao comércio da prata e por formar parte da rota de peregrinos e comerciantes. No final do século XII, Paris havia se tornado a capital política, econômica, religiosa e cultural da França.
Com 200 mil habitantes em 1328, Paris que era a cidade mais populosa da Europa foi dizimada pela Peste Negra e ao final da Guerra dos Cem Anos, estava devastada. Joana D’arc não conseguiu liberar a cidade dos ingleses e dos seus aliados, os bourguignons, e Paris permaneceu sob ocupação inglesa até ser libertada por Carlos VII em 1436. A corte estava no Vale do Loire e em 1528, retornou à Paris com o então rei Francisco I.
Nas Guerras religiosas na França do final do século XVI, Paris era uma fortaleza da Liga Católica e em 24 de agosto de 1572 aconteceu o “Massacre da noite de São Bartolomeu”, promovido pelos reis franceses, que eram católicos, contra os protestantes (huguenotes). Os católicos franceses se erguem contra o rei Henrique III, chefe da dinastia dos hunguenotes, no "Dia Das Barricadas” em 1588. Os conflitos só terminaram após Henrique III se converter ao catolicismo em 1594. Durante o século XVII, o Cardeal de Richelieu, ministro-chefe de Luís XIII, filho de Henrique III, estava determinado a fazer de Paris a cidade mais bonita da Europa.
Em 1648, acontece o segundo “Dia das Barricadas”, quando a população se levanta contra o rei devido ao empobrecimento geral. Esse acontecimento marca o início da “Fronda”, uma série de guerras civis que acontecem no país entre 1648 e 1662. Devido às revoltas parisienses, o rei Luís XIV (filho de Luís XIII) decide trasladar a corte a Versalhes em 1682.
Como consequência da “Fronda”, a pobreza se difundiu por toda a cidade. Ao mesmo tempo, Paris se tornou o centro de uma explosão de atividades filosófica e científica conhecida como Era do Iluminismo, cujos princípios se baseavam na razão, igualdade e liberdade. As ideias defendidas por filósofos e literatos como Voltaire, Rousseau, Diderot ou Montesquieu, unidas à pobreza vivida criaram as bases do desejo de igualdade socioeconômica que levou o povo francês à Revolução e à queda da monarquia de direito divino.
Em 14 de julho de 1789, Paris se tornou o palco central da Revolução Francesa. Uma multidão apreendeu o arsenal de Invalides, adquirindo milhares de armas, e invadiu a Bastilha, um símbolo da autoridade real. Em 10 de agosto de 1792, as massas invadiram o Palácio des Tuileries e a Assembleia Legislativa suspendeu as funções constitucionais do rei, abolindo a monarquia e proclamando a República. Como consequência, em 17 de agosto foi aprovada uma nova Constituição, que concedia o poder executivo a um Diretório, conhecido como a primeira Comuna de Paris independente, ou conselho da cidade; que elegeu um prefeito, o astrônomo Jean Sylvain Bailly.
Luís XVI e a família real foram trazidos para Paris e feitos prisioneiros no Palácio das Tulherias. Em 1793, quando a revolução se tornou cada vez mais radical, o rei, a rainha e o prefeito foram guilhotinados no Reino do Terror, juntamente com mais de 16 mil pessoas em toda a França. A propriedade da aristocracia e da igreja foi nacionalizada, e as igrejas da cidade foram fechadas, vendidas ou demolidas. Uma sucessão de facções revolucionárias governou Paris até 9 de novembro de 1799, quando Napoleão Bonaparte derrubou o Diretório e tomou o poder como primeiro cônsul.
Napoleão substituiu o governo eleito de Paris por um prefeito que reportava apenas a si próprio. Em quinze anos de império napoleônico, Paris viveu uma época de grande expansão: a praça do Carrossel foi expandida, foram erguidos monumentos para a glorificação militar, incluindo o Arco do Triunfo, uma coluna, a bolsa e alguns mercados e matadouros. Também melhorou a infraestrutura com novas fontes, o Canal de l'Ourcq, o Cemitério do Père-Lachaise e a primeira ponte metálica da cidade, a Pont des Arts.
As Guerras Napoleônicas e com elas o Império de Napoleão, finalizaram em 20 de novembro de 1815, depois da derrota final na batalha de Waterloo e o Segundo Tratado de Paris de 1815. Iniciou-se então o período da Restauração, que restaurou a monarquia para os herdeiros de Luís XVI e durou desde aproximadamente o dia 6 de abril de 1814 até às revoltas populares da Revolução de Julho de 1830, que trouxe um monarca constitucional, Luís Filipe I, ao poder.
Luís Filipe foi derrubado por uma revolta popular nas ruas de Paris em 1848 e Napoleão II assume. Seu sucessor, Napoleão III, e o recém-nomeado prefeito do Sena, Georges-Eugène Haussmann, lançaram um gigantesco projeto de obras públicas para construir novas avenidas, uma nova casa de ópera, um mercado central, novos aquedutos, canos de esgoto e parques, incluindo o Bois de Boulogne e o Bois de Vincennes. Em 1860, Napoleão III também anexou as cidades vizinhas e criou oito novos arrondissements, expandindo Paris aos seus limites atuais.
Em 28 de janeiro de 1871, Paris é conquistada por tropas prussianas e poucos anos depois (no final de 1800) foi proclamada a Terceira República. Com o novo governo teve início uma época de crescimento econômico para Paris, e no final do século XIX a cidade sediou duas grandes exposições internacionais: a Exposição Universal de 1889, realizada para marcar o centenário da Revolução Francesa e apresentar a nova Torre Eiffel; e a Exposição Universal de 1900, que deu a Paris a Ponte Alexandre III. Artistas de todo o mundo, incluindo Pablo Picasso, Modigliani e Henri Matisse, fizeram de Paris sua casa.
Durante a Primeira Guerra Mundial, Paris resistiu aos bombardeios e nos anos após a guerra, conhecidos como Les Années Folles, Paris continuou sendo uma meca para escritores, músicos e artistas de todo o mundo, incluindo o surrealista Salvador Dalí. Porém em 1940, durante a Segunda Guerra, a cidade foi ocupada pelos nazistas, sendo libertada pelos parisienses apenas em 25 de agosto de 1944. Na guerra com a Argélia, Paris voltou a entrar em conflitos com violentas manifestações contra a guerra e numerosos atentados provocados pela OAS (Organização do Exército Secreto).
Em maio de 1968, uma série de protestos aconteceram em Paris, onde estudantes ocuparam a Sorbonne e colocaram barricadas no Quartier Latin. Milhares de trabalhadores parisienses se juntaram aos estudantes, e o movimento se transformou na maior revolta estudantil da história da França e, possivelmente da Europa ocidental. Entre julho e outubro de 1995, uma série de bombardeios realizados pelo Grupo Islâmico Armado da Argélia causou 8 mortes e mais de 200 feridos; e em 2015, Paris começou e fechou o ano de luto devido aos trágicos atentados terroristas, deixando mais de 137 mortos e 415 feridos.
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